Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

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Geografia Uniube EAD 2013

domingo, 11 de setembro de 2011

OS ANÉIS DE SATURNO

As observações dos anéis de Saturno feitas da Terra dependem da posição de Saturno com relação à Terra, pois devido à inclinação da órbita da Terra e Saturno com o plano da eclíptica, os anéis podem ser vistos como um disco com o planeta no centro ou podem ser vistos como dois braços de Saturno.


Em 1675 Jean Dominique Cassini (1625-1712) descobriu que havia uma vazio no anel como um todo. Esse vazio ficou conhecido como Divisão de Cassini, sendo a maior divisão dos anéis.
Em 1837 Encke também descobriu uma outra divisão que levou seu nome.
Com a melhoria dos instrumentos ópticos outras divisões foram descobertas, até que os levantamentos feitos pelas sondas Voyagers mostraram o quanto era precário o conhecimento sobre esses anéis.
Os anéis de Saturno são constituídos essencialmente por uma mistura de gelo, poeiras e material rochoso e embora possam atingir algumas centenas de milhares de quilômetros de diâmetro, não ultrapassam 1.5 km de espessura.
A origem dos anéis é desconhecida. Inicialmente pensou-se que teriam tido origem na formação dos planetas há cerca de 4 bilhões de anos, mas estudos recentes indicam que sejam mais novos, tendo apenas algumas centenas de milhões de anos.
Uma das teorias aponta para um cometa que tenha se desintegrado devido a forças de maré quando passava perto de Saturno. Outra possibilidade é o choque de um cometa com uma das lua do plnaeta, desintegrando-se.
Descobertas recentes, feitas pela sonda Cassini-Huygens , indicam a existência de uma atmosfera independente em torno dos anéis, constituída essencialmente de oxigênio molecular.

Conheça os anéisNa região mais próxima de Saturno está o anel D, caracterizado por um brilho muito fraco, com largura que varia de alguns quilômetros a algumas dezenas de quilômetros.


Apesar de serem anunciados antes da chegada das sondas ao local, sua observação da Terra é duvidosa pois sua reflexão está no limite de resolução dos telescópios.
Em seguida a este anel aparece a borda interna do anel C, onde ocorre um significativo aumento de luminosidade, apesar de ser formado por muitas faixas e ser bem transparente. As medições de luz difusa confirmaram a hipótese de que o anel C é formado por poucas partículas.
Baseando-se no aumento da luminosidade, há um limite bastante claro na divisão dos anéis C e B, onde se observa um grande aumento de brilho e na opacidade do material, o que revela um número muito maior de partículas.
Nos anéis B as partículas parecem orbitar ao redor de Saturno em pequenos grupos em forma de cunha, medindo 10 mil km de comprimento por 2 mil km de largura. Os anéis B terminam no limite interno da divisão de Cassini.
O anel A começa com brilho igual ao do anel B e decresce gradativamente até a divisão de Encke. Na parte externa a divisão de Encke há um aumento no brilho de 25% e na parte mais externa ainda há um aumento de 50% na luminosidade, porém é uma faixa muito estreita. Acredita-se que esse aumento de luminosidade é provocado pelo confinamento de matéria provinda do pequeno satélite 1980 S2.
É importante citar que não são quatro anéis que existem em Saturno e sim quatro grandes grupos de anéis, onde se observa milhares de divisões entre eles.
Não existe nenhuma diferenciação típica para as partículas que compõem os anéis, devido aos frequentes choques entre eles.Assim, as partículas podem assumir muitas ordens de grandeza.

Fotos: No topo, cena panorâmica mostra os aneís de Saturno, como vistos pela Sonda Cassini-Huygens. Crédito: Nasa/ESA/WikiMedia Commons.



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