Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube
Geografia Uniube EAD 2013

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A ANTROPOGEOGRAFIA DE RATZEL

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A obra de Friedrich Ratzel representou um papel fundamental
no processo de sistematização da Geografia Moderna. Ela
contém a primeira proposta explícita de um estudo geográfico
especificamente dedicado à discussão dos problemas humanos;
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A importância de sua obra emerge por ela ter sido uma das
originárias manifestações do positivismo nesse campo do
conhecimento científico. Ratzel foi um dos introdutores deste
método. O significado de sua produção pode ainda ser
apontado no fato de ele ter aclarado aquela que seria a
principal via de indagação dos geógrafos, ou seja, a questão da
relação entre a sociedade e as condições ambientais;
!
Sua preocupação não se limitava à Geografia. Publicou “As
raças humanas”, um tratado antropológico/etnográfico. Outro
campo de discussão é o da ciência política: temas como o
Estado, das relações de fronteiras, ou de guerra, entre
outros, estão no centro de suas considerações;
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Apesar de estar centrado na Geografia, seu projeto teórico é
interdisciplinar!!!
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Sua preocupação central era entender a difusão dos povos
pela superfície terrestre, problemática que, segundo ele
próprio, articularia história, etnologia e geografia em uma
mesma discussão;
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Ratzel dividiu a Geografia em três grandes campos de
pesquisa: a geografia física, a biogeografia e a
antropogeografia. Estas três vertentes concebidas coo
estudos sintéticos e explicativos;
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O tema mais fundamental de indagação dos geógrafos seria o
da questão da influência que as condições naturais exercem
sobre a humanidade, ou em outras palavras, das condições que
a natureza impõe à história.
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De acordo com Ratzel, a diversidade das condições ambientais
explicariam, em grande parte, a diversidade dos povos, pois o
substrato da humanidade seria a Terra, onde as sociedades se
desenvolveriam em íntimo relacionamento com os elementos
naturais. O estudo da distribuição das sociedades humanas
sobre o Globo constituiria o segundo campo de interesse da
pesquisa; e o terceiro tema de interesse da antropogeografia
seria o estudo da formação dos territórios;
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Foi um crítico do Determinismo Simplista, o qual, em sua
opinião, prestou um desserviço à Geografia ao tentar explicar
de imediato – e por uma via especulativa, sem base empírica –
a complexa questão das influências das condições naturais
sobre a humanidade. A SUA VISÃO É MAIS RICA E
MEDIATIZADA!!!!!
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O homem, na concepção de Ratzel, é um ser da natureza que
possui instintos, necessidades e aptidões. É um ser terrestre
que tem a Terra como “mãe provedora”, “sua morada”, enfim,
como suporte de sua vida. A aceitação da existência de
influências das condições naturais não implica, na
argumentação de Ratzel, uma passividade total do elemento
humano, pelo menos não nesse plano. As influências se põem de
forma mediatizada: no indivíduo, como condicionantes
somáticos-anatômicos (ex: cor de pele etc) e como estímulos
psicológicos (percepção); na constituição social, pelos recursos
e riquezas disponíveis; na constituição étnica de um povo,
pelas condições de difusão propiciadas pelo meio (gerando o
isolamento e a mestiçagem); na organização do trabalho, pelo
estímulo ou barreiras existentes; na formação dos Estados,
pela posição geográfica desfrutada etc. A
A INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES NATURAIS NÃO SERIA O
MOTOR DA HISTÓRIA. A AÇÃO DAS CONDIÇÕES
AMBIENTES SERIA A TEMÁTICA DIFERENCIADORA!!!!!
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O Positivismo domina completamente a concepção ratzeliana
do método a ser assumido pela antropogeografia. A evidência
mais fundamental dessa filiação ao positivismo está no fato de
Ratzel professar o princípio da unidade do método científico,
isto é, a idéia da existência de um único método comum a
todas as ciências (as quais seriam definidas por objetos
próprios)
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A adesão de Ratzel ao positivismo, bem como a concepção
naturalista daí decorrente, manifestou-se plenamente nos
procedimentos analíticos por ele preconizados. A
antropogeografia foi posta como uma ciência empírica,
pautada na observação e na indução. O trabalho deveria partir
da descrição minuciosa de quadros espaciais. À descrição
seguiria a comparação tendo por meta a classificação.
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No âmbito explícito da Geografia, foi na obra de Ritter que
Ratzel vai buscar sua inspiração. A postura de centrar a
análise geográfica na problemática da influência das condições
naturais sobre a história da humanidade já se encontrava
desenvolvida no trabalho de Ritter. A NOVIDADE
INTRODUZIDA POR ELE RESIDIU EM COLOCAR A
QUESTÃO DAS INFLUÊNCIAS COMO OBJETO PRIMEIRO
DE UMA GEOGRAFIA DO HOMEM.
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Pelas razões apontadas, Ratzel inaugurou alguns problemas
que acompanharão todo o desenvolvimento posterior da
Geografia de inspiração positivista. Vários dualismos
“irresolvíveis”. O positivismo demandava leis, que o
equacionamento do objeto geográfico se recusava a fornecer,
a não ser a custa de simplificações grosseiras.
A PROPOSTA DE RATZEL
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Nasceu em 30/08/1844; Publicou o livro “Antropogeografia”
em 1882, o qual consagra seu autor. Entre 1885 e 1888
publicou os três volumes de sua segunda mais importante obra
“As raças humanas”. Em 1896 edita “O Estado e seu solo
estudados geograficamente” e em 1897, a sua obra mais
polêmica, “Geografia Política”.
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O autor vivenciou o processo de formação do Estado Moderno
Alemão, tendo escrito a maior parte de seus trabalhos no
período bismarkiano de consolidação desse Estado.
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A Alemanha emerge como potência capitalista, apresentando
uma industrialização superior à da Inglaterra no último
quartel do séc. XIX, destituída de colônias. Um expansionismo
latente será a marca da política nacional alemã no período.
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As formulações de Ratzel se inscrevem na retaguarda
ideológica de tal processo. Sua teorização atua no sentido de
legitimar o projeto expansionista (naturalização das guerras
ou apologia do Estado);
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A expansão, segundo Ratzel, seria natural dos povos e
produziria efeitos diferentes conforme o estágio de
desenvolvimento por eles vivenciado no momento da difusão.
Havendo o progresso, a expansão torna-se inevitável, seja em
função da exaustão do meio pelo uso intensificado, seja pela
pressão demográfica.
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Constrói dois conceitos fundamentais: TERRITÓRIO E
ESPAÇO VITAL. O território seria uma determinada porção
da superfície terrestre apropriada por um grupo humano
(concepção da zoologia e botânica!). Assim, o território é
posto como um espaço que alguém possui, é a posse que lhe
atribui identidade. O espaço vital manifestaria a necessidade
territorial de uma sociedade tendo em vista seu equipamento
tecnológico, seu efetivo demográfico e seus recursos naturais
disponíveis. Seria uma relação de equilíbrio entre a população
e seus recursos, seria uma porção do planeta necessária para
a reprodução de uma dada comunidade.
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Considera também a guerra, a violência e a conquista como
componentes naturais da história humana: O POVO QUE
PROGRIDE EXPANDE DIFUNDINDO, SOBRE AS
SOCIEDADES QUE SUBJUGA, O GERME CIVILIZATÓRIO
QUE IMPULSIONOU SEU MOVIMENTO.
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A ESTRATÉGIA IMPERIAL BISMARKIANA É PLENAMENTE
ASSUMIDA POR RATZEL, APARECENDO EM SUAS
COLOCAÇÕES SOBRE FRONTEIRAS E SOBRE AS
GUERRAS.
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A retomada das teorias de Ratzel pelos autores nazistas não é
assim meramente acidental.

Geografia Lablachiana

A Revolução Francesa no Contexto Histórico vivido por La Blache

No século XIX, com a composição da terceira república francesa, dava-se os conflitos contra os interesses alemães. Para MORAES (2005. p.76),

A França foi o país que realizou, de forma mais pura, uma revolução burguesa. Ali os resquícios feudais foram totalmente varridos, a burguesia instalou seu governo, dando ao Estado a feição que mais atendia a seus interesses. A França havia conhecido uma unificação precoce, que já datava de alguns séculos; a centralização do poder restava garantida pela prática da monarquia absoluta. Isto havia propiciado a formação de uma burguesia sólida, com aspirações consolidadas, e com uma ação nacional. Esta classe formulou e comandou uma transformação radical da ordem existente, implantando o domínio total das relações capitalistas. Napoleão Bonaparte completou este processo de desenvolvimento do capitalismo na França, o qual teve seu ponto de ruptura na Revolução Francesa, que varreu do quadro agrário deste país todos os elementos herdados do feudalismo. ... A revolução francesa foi um movimento popular, comandado pela burguesia, dirigido pelos ideólogos dessa classe.

Em meio a todas essas questões aparece a geografia vidalina. A geografia de La Blache é uma oposição à geografia de Ratzel, em toda sua estrutura e desenvolvimento, porém, ambos os autores, buscavam em seus estudos uma justificativa para a obtenção de novas terras realizada pelos impérios no qual viviam.

O Estudo da Geografia Lablachiana

Se de um lado a Alemanha tem Ratzel como um grande construtor da ciência geográfica nacional, a França tem Vidal de La Blache, que faz com que a escola francesa seja reconhecida até os dias atuais, como uma grande escola da geografia. Ratzel, foi um grande instrutor sobre o conceito de território, já La Blache, deu dimensões para o conceito de região, dentre outros objetos epistemológicos dos estudos geográficos.
Para La Blache, o objetivo de estudo da geografia era observar a superfície da terra, e nela as suas produções, em nível regional, o geral está conectado com os particulares . A geografia lablachiana recebe influências além de seu contexto histórico, as influências do pensamento kantiano assim como do racionalsimo Galileano e Newtoniano.
As principais idéias abordadas em seu pensamento e em sua obra são: os organismos, o meio, a ação humana e o gênero de vida. Os organismo eram concebidos por vários autores como estância ou um recurso qualquer, como por exemplo: a paisagem, a terra, as cidades... entre outros. A noção de organismo está atrelado a finalidade (tem uma causa final), onde deve haver sua realização como ser/objeto.
O conceito de organismo estava ligado ao conceito de natureza formado no pensamento de Aristóteles, conhecido por physis, em que nesta concepção, a natureza é uma matéria em movimentação que está sempre na busca de sua auto-realização.
O meio, para La Blache, surge pela interação de forças de origens diversas, que entram em fusão, agindo mutuamente, originando uma forma, o meio, o qual, pela análise, é composto pela união de diversos elementos que estão integralmente conectados, uns aos outros. Dito de outra forma, trata-se do resultado de um campo de ação e de tensão particular que é o próprio objeto do conhecimento (GOMES 1996, p.199).
O organismo compõe o meio e é no meio que se realiza sua manifestação. Ressaltando que a ação humana, é o principal elemento transformador da natureza (meio). O homem se utiliza do meio para se manifestar, e o meio em si, responde com uma contrapartida.
Evidentemente, não há lugar para acreditar aqui em uma capacidade de adaptação e de transformação ilimitada do homem em relação às condições do meio. Tudo depende de sua herança cultural e instrumental, mas, enquanto mestre da natureza, o homem tem a capacidade virtual de se opor a ela parcialmente. Assim o discurso de Vidal se parece às vezes com uma descrição da luta aberta entre a cultura e natureza. (LA BLACHE, 1913, 141)

O homem, nesta luta está num posto de agricultor (entre outros, além de agricultor, tais como caçador, pastor...), onde se utiliza da natureza, fazendo de seu trabalho, uma atividade exploratória de subsistência, que também se torna uma atividade modeladora , em que é o homem transforma e delimita as funções de seus elementos naturais. E nesta luta, que relacionam ou compõem os organismos que transformam o meio, e nela que também surge o objeto de estudo da geografia vidalina. Nessa relação do homem e os seus processos operacionais de transformação, e ganhando ênfase global. Mas, o meio pode ser concebido, como uma manifestação das ações humanas sobre o conjunto das possibilidades propostas pela natureza.

O homem criou para si gêneros de vida. Com a ajuda de materiais e de elementos tomados da natureza ambiente, ele conseguiu, não dá um só golpe, mas por uma transmissão hereditária de procedimentos invenções, constituir alguma coisa de metódico que assegura sua existência e que constrói um meio para seu uso, (LA BLACHE, po.cit.).

O grande objeto da geografia lablachiana (geografia possibilista) é entender, além dos fenômenos que estão atrelados às ações humanas e a relação com o meio (natural ou humanizado), passando a ver as particularidades, e que estas estão ligadas em âmbitos maiores, construindo, desta forma, uma geografia geral, que deve ter ligações com as geografias regionais. Neste processo, a existência de aspectos em comum entre os fenômenos e as regiões, propiciará analogias. O método vidalino, segundo GOMES (op.cit. p.209), é caracterizado por três proposições: observação, comparação e conclusão. Este método foi uma grande ferramenta para os estudo descritivos e narrativos de suas viagens.
A geografia lablachiana com certeza foi marcada pela suas características de modelo analítico, este tinha capacidade de produzir leis gerais e medidas objetivas para estabelecer as relações entre os estudos de fenômenos. Para Vidal de La Blache, o estudo da geografia, concretizavam-se em leis gerais, estas leis, seriam pontos, em outras palavras, seriam uma interseções, que surgiam nos diferentes fenômenos e regiões, fazendo com que estivessem interligados, podendo, assim, gerar analogias e generalizações.

Referências Bibliográficas



GOMES, Paulo Cesar da Costa. GEOGRAFIA E MODERNIDADE. Rio de Janeiro, Ed. Bertrand Brasil, 1996.

LA BLACHE, Vidal de (P.), LE PRINCIPE DE LA GEOGRAPHIE GENERALE, in Annales de géographie, 5 (20)- Tradução de Odete Sandrini Mayerhttp://ivairr.sites.uol.com.br/lablache.htm(site de transcrição de textos originais).

MENDONÇA, Francisco de Assis. GEOGRAFIA FÍSICA: CIÊNCIA HUMANA?. São Paulo, Ed. Contexto, 1989.

MORAES, Antônio Carlos Robert. GEOGRAFIA - PEQUENA HISTÓRIA CRÍTICA. São Paulo, Ed. HUCITEC, 1983.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Principais problemas ambientais no mundo e no Brasil

1. Principais problemas ambientais no mundo e no Brasil

É possível dividir os problemas ambientais do mundo em três níveis:

a) Alterações climáticas

Os efeitos de El Niño e La Niña

São fenômenos que se manifestam nas águas oceânicas do Pacífico ocasionando alterações no clima do planeta Terra e interferências nas variações de temperatura e na regularidade das chuvas.

Geralmente seguido do El Niño ocorre a La Niña, porém com efeitos contrários. O aumento dos ventos alísios carrega as águas quentes superficiais para a Ásia, e as águas frias seguem a direção inversa, chegando à superfície aos arredores do litoral peruano.

Degelo no Mundo

O degelo é um dos efeitos do aquecimento global que vem ocorrendo em diversas partes do planeta.
As grandes cordilheiras mundiais estão tendo suas massas de gelo e neve reduzidas.

De acordo com os especialistas no assunto, até o ano de 1997 a região Ártica já tinha 14% de sua área reduzida, e a Antártica possuía 3000 Km2 de degelo.

b) formas distintas de poluição

Poluição do ar

É causada principalmente pela queima de combustíveis fósseis (como o carvão e o petróleo) que aumenta a concentração de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera terrestre.



Poluição da água

As águas são contaminadas pelo lançamento de materiais poluentes nos mares, rios, lagos e represas. Lixo, produtos químicos e esgoto sem tratamento são os principais poluentes das águas e a despoluição das águas é um processo bastante trabalhoso.



Poluição do solo

É causada pelos lixos que são jogados em locais impróprios e que demoram se decompor, e por componentes químicos.



Principais poluentes do solo



Poluição sonora


Ocorre principalmente nos grandes centros urbanos devido às buzinas, ruídos de motores e escapamentos, máquinas, e pessoas falando ao mesmo tempo, prejudicando o sistema auditivo.

Poluição visual

É provocada por placas, propagandas, outdoors, pichações dispostos em ambientes urbanos, que além de poluir o visual das cidades, tiram a atenção dos motoristas contribuindo para os acidentes de trânsito.

c) extinção de espécies e desmatamento

Muitas florestas estão sendo derrubadas para o comércio de madeira, ou sendo queimadas para a formação de pastos e para o crescimento urbanização. Animais estão sujeitos à caça e pesca predatória para a comercialização de sua pele e carne.

Com isso, muitas espécies de plantas e animais correm sérios riscos de entrar em extinção.

Importância das florestas

As florestas são muito úteis para a vida na terra, é o habitat mais diversificado do planeta.

A importância das florestas está relacionada a alguns fatores:

. Conservam o equilíbrio entre os gases presentes na atmosfera.

. Mantêm o equilíbrio da temperatura.

. Protegem os rios, diminuindo as chances de assoreamento.

. Protegem os solos da água da chuva, evitando que ela passe pelo tronco e infiltre no subsolo.

. Favorece a existência de animais de várias espécies, fornecendo alimento à eles.

Portanto, a destruição das florestas representa um grande risco ambiental.



O selo verde

O Conselho de Manejo Florestal (FSC), uma ONG ambientalista internacional, representa o selo verde que apóia os produtos de origem florestal de maneira sustentável.



O lixo

Com o crescimento populacional, a quantidade de lixo produzido também tem aumentado. A decomposição é uma forma de controlar o lixo urbano, porém grande parte desse lixo não é biodegradável, portanto, não se decompõe causando a poluição.

O lixo das cidades pode ser levado para os lixões, aterros sanitários ou passam pelos processos de incineração ou compostagem.



Lixão

Os Lixões são extensos terrenos a céu aberto para onde os lixos urbanos são levados.

Neste local o lixo não recebe tratamento adequado, causando grandes problemas ambientais como a reprodução de moscas e a produção do chorume através da decomposição do lixo, substância altamente tóxica que contamina os lençóis freáticos e o solo.

Aterros Sanitários

O aterro sanitário é um local onde o lixo é enterrado em camadas alternadas de lixo e terra, evitando-se assim o mau cheiro e a proliferação de insetos. Na execução de um aterro sanitário, é importante impermeabilizar sua base para evitar a contaminação do subsolo e construir canais de drenagem para os gases e líquidos (chorume) que se formarão.

O lixo que vai para o aterro sanitário são os não-recicláveis, no entanto, é comum encontrar materiais recicláveis nos aterros, pois a coleta seletiva ainda não é realizada adequadamente.

Incineração

Incineração é um processo que consiste em queimar o lixo em câmaras de incineração, reduzindo o número de resíduos e destruindo os microorganismos causadores de doenças.

Compostagem

Compostagem é um processo na qual o lixo passa por uma triagem e é divido em três partes: material orgânico, materiais não-aproveitáveis e materiais recicláveis.

O material orgânico passa por um tratamento biológico, onde é produzido um composto que é usado como adubo para a fertilização do solo.

Os materiais não-aproveitáveis são levados para os aterros sanitários.

Os materiais recicláveis são direcionados para determinados locais onde ele será reaproveitado para fazer novos produtos.






Reciclagem

É um processo que reaproveita certos materiais com o intuito de reduzir a produção de lixos. É preciso nos conscientizar de que reciclar é importante para a vida do planeta, pois esta prática traz muitos benefícios, como a economia de energia, redução de poluição, limpeza e higiene das cidades, geração de empregos, entre outras.

Para reciclar é necessário adotar uma série de atitudes como a coleta seletiva, ou seja, não misturar materiais recicláveis com o restante do lixo; reutilizar vasilhames, latas e sacolas, etc.





Subdesenvolvimento econômico

O mundo pós-revolução industrial encontrou-se dividido em dois setores opostos, que a boa intenção dos utopistas não conseguiu jamais aproximar: de um lado o extremo da opulência, fundado na mais requintada tecnologia; de outro a pobreza absoluta, decorrente de atividades econômicas primitivas, insuficientes para suprir mesmo as necessidades básicas da população.

Subdesenvolvimento econômico é o estado crônico de inferioridade relativa em que se encontram alguns países, se comparados ao modelo das nações industrializadas. A América Latina, a África e a Ásia são continentes integrados principalmente por países subdesenvolvidos. O quadro econômico-social que caracteriza o subdesenvolvimento inclui, principalmente, produção centrada em poucos produtos primários destinados à exportação, alta concentração da riqueza e da propriedade rural, baixa renda per capita, altas taxas de desemprego e subemprego, baixo nível de consumo e altos índices de mortalidade e natalidade.

Um sistema internacional de relações econômicas, financeiras, políticas e culturais perpetua e reproduz as diferenças entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Os países de passado colonial recente e os que iniciaram com atraso o processo de industrialização acabaram relegados à periferia do capitalismo, conformando o que se convencionou chamar terceiro mundo. Estabeleceu-se assim entre ricos e pobres uma nova relação de dependência, derivada diretamente do vínculo entre metrópoles e colônias existente no passado.

O termo "subdesenvolvimento" tornou-se corrente depois da segunda guerra mundial nas comissões para assuntos econômicos da Organização das Nações Unidas. Muitos cientistas sociais, no entanto, fazem objeção a seu uso, que encerraria o mascaramento ideológico de uma condição não-transitória de atraso e dependência. Ainda menos adequada seria, desse ponto de vista, a expressão "em vias de desenvolvimento", que encerra a falsa idéia de um processo de industrialização emergente. Mais correto seria falar em desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo, em que a sustentação e aceleração do progresso de alguns países depende da manutenção de maiores ou menores níveis de atraso em outros.

Economias agro-exportadoras. O traço mais peculiar à economia subdesenvolvida é a predominância do setor primário, isto é, a dependência de um ou de uns poucos produtos de exportação de origem agropecuária ou extrativa. Os preços pagos pelos produtos agrícolas e pelas matérias-primas em geral no mercado internacional são proporcionalmente inferiores aos preços dos produtos industriais. Essa desproporção gera um desequilíbrio entre importações e exportações dos países agro-exportadores: suas exportações tornam-se insuficientes para adquirir os produtos industrializados de que necessitam, inclusive maquinaria para estabelecer sua própria indústria. As nações mais poderosas, de acordo com seus interesses, têm condições de pressionar para baixo os preços internacionais dos produtos primários que compram, jogando com estoques e outros artifícios, e assim impedem as economias agro-exportadoras de acumular excedentes que seriam eventualmente destinados à industrialização.

Para importar produtos manufaturados, serviços especializados ou tecnologia, os países subdesenvolvidos recorrem ao crédito oferecido por bancos e demais instituições financeiras. Dessa forma, o endividamento tornou-se uma das principais características da dependência econômica. O crescimento desmedido da dívida externa agrava o subdesenvolvimento à medida que cada vez maiores recursos são destinados ao pagamento dos compromissos internacionais e desviados, portanto, do investimento produtivo.

Tecnologia e obsolescência. O esforço dos países subdesenvolvidos para a industrialização se vê seriamente limitado por problemas decorrentes do atraso tecnológico. As potências industriais investem somas gigantescas em tecnologia, o que resulta em constante aperfeiçoamento e barateamento de seus produtos. Podem fazê-lo porque dispõem de capitais para investir e de vastos mercados que permitem recuperar com lucros os investimentos. Os produtos industriais dos países mais pobres são, dessa forma, relegados à obsolescência e alijados do mercado, mesmo internamente, se não houver medidas políticas de proteção ao produto nacional.

A importação de tecnologia para diversificação da produção da periferia, que poderia apresentar-se como solução, não raro acarreta conseqüências sociais graves: além do endividamento, a substituição de mão-de-obra por máquinas aumenta o contingente de desempregados, que o setor de serviços não tem condições de absorver, como costuma ocorrer nas metrópoles.

Estrutura interna do país subdesenvolvido. É manifesta, em geral, a solidariedade das classes economicamente dominantes do país subdesenvolvido com os centros econômicos externos. Mediante a aliança com as elites de cada país pobre, a grande indústria internacional se beneficia de mão-de-obra barata e de mercados para seus produtos, disputados às indústrias autóctones.

O modelo de propriedade agrária predominante é o latifúndio improdutivo. Grande parte da população rural desempenha atividades econômicas de subsistência e não participa do mercado. O êxodo rural em busca de melhores condições de trabalho provoca o crescimento desordenado das cidades, que se tornam abarrotadas de mão-de-obra não-qualificada. Os mercados são exíguos e de baixo poder aquisitivo, voltados para produtos de primeira necessidade.

O nível de industrialização e o padrão de vida da população não são os mesmos em todos os países do terceiro mundo. As diferenças regionais dentro de um mesmo país também podem ser agudas: o Brasil, por exemplo, possui uma pujante indústria automobilística e mercado para bens de consumo duráveis. Calcula-se, no entanto, em apenas 15% a parcela da população que consome produtos industrializados.

O Brasil e a Globalização

O BRASIL E A GLOBALIZAÇÃO
2.1 Brasil quer a Integração Comercial de toda a América do Sul


O ano de alargamento do Mercosul - essa poderia ser a manchete de síntese da evolução do ConeSul em 1996, se fosse verdade o que a imprensa brasileira noticiou nos últimos meses. Interpretando de forma simplista- e errada- os tratados formados pelo Chile e Bolívia com o Mercosul. O ano de alargamento do Mercosul - essa poderia ser a manchete de síntese da evolução do ConeSul em 1996, se fosse verdade o que a imprensa brasileira noticiou nos últimos meses. Interpretando de forma simplista - e errada - os tratados formados pelo Chile e Bolívia com o Mercosul, jornais e televisões noticiaram a adesão dos dois ao bloco sub-regional liderado pelo Brasil e Argentina.

Isso não aconteceu, pelo menos por enquanto. Mas foi dado o primeiro passo nessa direção: o Chile e a Bolívia firmaram tratados de associação, o que significa que, sem aderir ao bloco, eles passam a aceitar regras de tarifas comerciais reduzidas no intercâmbio com os integrantes do tratado de Assunção de 1991. O passo adiante não aponta para o alargamento do Mercosul por agregações sucessivas, mas para o desenvolvimento de um processo mais complicado, que os diplomatas brasileiros apelidaram de estratégia do building blocks.

O Chile esnobou o Mercosul até a pouco. "Adios, Latinoamerica", chegou a trombetear uma manchete de EL Mercurio, o principal diário de Santiago, resumindo uma política voltada para a Bacia do Pacífico e uma estratégia de integração do Nafta. As coisas mudaram. A solicitação de adesão à zona de livre comércio liderada pelos EUA esbarrou no colapso financeiro mexicano de dezembro de 1994. Escaldados, os parlamentares americanos negaram a tramitação rápida da solicitação no Congresso e as negociações continuam a se arrastar. Além disso, a abertura comercial que se espraia pela América Latina repercutiu sobre o intercâmbio externo chileno, puxando-o de volta para o subcontinente.

A Bolívia solicitou, em julho de 1992, a adesão gradual ao Mercosul. O gradualismo boliviano está orientado para controlar um obstáculo político e diplomático: o país faz parte do Pacto Andino e Tratado de Assunção não permite a entrada de integrantes de outras zonas de comércio. Mas, no terreno da economia e da geografia, a Bolívia está cada vez mais colada ao Mercosul. O acordo recente para fornecimento de gás natural e construção de um gasoduto Brasil-Bolívia vale mais que as filigranas jurídicas que bloqueiam a adesão imediata. E as perspectivas de cooperação de todos os países do Cone Sul tendem a abrir duas saídas oceânicas regulares para a Bolívia, cuja história está marcada pela perda de portos de Atacama, na Guerra do Pacífico (1879-83).

Não é provável que o Chile ingresse plenamente no atual Mercosul, e Santiago não quer perder suas vantagens comerciais no intercâmbio com o Nafta e a Bacia do Pacífico. A Bolívia não pretende deixar o Pacto Andino entrar no Mercosul, e o Chile, com melhores razões, não pretende desistir do ingresso no Nafta. O horizonte com o qual trabalham os diplomatas brasileiros é o da articulação gradual do Mercosul com os países e blocos comerciais vizinhos, com vistas á formação de uma Associação de Livre Comércio Sul-Americana (Alcsa).
Essa é a estratégia do buiding-blocks. A sua meta consiste em criar, a partir de um grande bloco comercial na América do Sul, a plataforma ideal para negociar a integração pan-americana com a superpotência do Norte. É por isso que o Brasil não tem pressa nas conversações destinadas à formação de uma super zona de livre comércio das três Américas, que foram lançadas pelo ex-presidente dos EUA, George Bush, em 1990.

Do ponto de vista brasileiro podemos citar como áreas que ganharam impulso: • Automobilística;
• Geração de energia;
• Telecomunicações;
• Serviços.


Enquanto que os setores mais prejudicados são:

• Agricultura;
• Têxtil;
• Borracha;
• Calçados.


A outra faceta do processo de Globalização está na indústria. Tomem-se as dez maiores corporações mundiais:

1. Mitsubishi;
2. Mitsui;
3. Itochu;
4. Sumimoto;
5. General motors;
6. Marunbeni;
7. Ford;
8. Exxon;
9. Nissho
10. Shell;


Estas empresas faturam 1,4 trilhões de dólares, o que equivale ao PIB conjunto de:

• Brasil;
• México;
• Argentina;
• Chile;
• Colombina;
• Peru;
• Uruguai;
• Venezuela.


Metade dos prédios, máquinas e laboratórios desses grupos e mais da metade de seus funcionários em unidades for do país de origem e 61% do seu faturamento é obtido em operações no estrangeiro.

A força dessas corporações e sua atuação geográfica mudaram o enfoque do jogo econômico. No passado, quem fazia as grandes decisões econômicas eram os fovernas. Agora são as empresas e estão decidindo basicamente o que, como. quando e onde produzir os bens e serviços utilizados pelos seres humanos.

Para conseguir preços melhores e qualidade de mais alta tecnologia em sua guerra contra os concorrentes, as empresas cortaram custos. Isto é, empregos, e ainda aumentaram muito os seus índices de automação, liquidando mais postos de trabalho.

Nos estudos econômistas, deu-se o nome de "desemprego estrutural" a essa tendência. O desemprego estrutural é um processo cruel porque significa que as fábricas robotizadas não precisam mais de tantos operários e os escritórios podem dispensar a maioria de seus datilógrafos, contadores e gerentes. Ele é diferente do desemprego que se conhecia até agora, motivado por recessões, que mais cedo ou mais tarde passavam.

Os economistas apontam no desemprego estrutural um paradoxo do sistema de Globalização. Ele se ergueu para produzir coisas boas e baratas, vendidas numa escala planetária, fabricadas em grande parte por robôs, que são orientados por computadores. Mas por cortar o emprego das pessoas e sua renda não terá para quem vender seus carros reluzentes e seus computadores multimídia.

Segundo os críticos, a outra nota ruim da Globalização está no desaparecimento das fronteiras nacionais. Os governos não conseguem mais deter os movimento do capital internacional. Por isso, seu controle sobre a política econômica interna está se esgarçando. A quebra mexicana no final de 1994 é o exemplo mais marcante dessa perda de controle. Assim que o governo desvalorizou o peso frente ao dólar, os investidores sacaram vários bilhões aplicados no país e o México precisou de um pacote de socorro do FMI e do governo estadunidense. Os governos também estão perdendo a capacidade de proteger o emprego e a renda das pessoas. Se um país estabelece uma legislação que protege e encarece o trabalho, é provavelmente excluído da lista de muitos projetos de investimento.

Há, enfim, uma perda de controle sobre a produção e comercialização de tecnologia, o que nos tempos da Guerra Fria, seria impensável. Naquela época, a tecnologia estava ligada à soberania dos países.



Capitalismo

Capitalismo
O capitalismo tem seu início na Europa. Suas características aparecem desde a baixa idade média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida Econômica social e política dos feudos para a cidade. Depois duma profunda estagnação o comércio saiu da inanição com o aparecimento de excedentes oriundos das descobertas de novas terras que passaram a ser comercializados.

As Cruzadas (do século XI ao XII) também contribuíram muito para o reativamento comercial. Ainda no século XIV o feudalismo passava por uma grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste Negra que dizimou 40% da população européia e pela fome que assolava o povo. Com a união de todos esses fatores a Europa passou por um intenso desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações de produção capitalistas se multiplicaram, minando, aos poucos, as bases do feudalismo. Os lucros dos senhores feudais reduziram-se e eles "tiveram" de aumentar os impostos sobre os servos. Estes começaram a rebelar-se e enfraqueceram o poder dos nobres. Os reis, para manterem-se no poder, apegaram-se ainda mais à idéia de que eram designados por Deus.

O absolutismo teve defensores ideológicos como os filósofos Jean Bodin ("os reis tinham o direito de impor leis aos súditos sem o consentimento deles"), Jacques Bossuet ("o rei está no trono por vontade de Deus") e Niccòlo Machiavelli ("a unidade política é fundamental para a grandeza de uma nação"). Com o absolutismo e com o mercantilismo o Estado passava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais através da exploração (metalismo). Isso para garantir o enriquecimento da metrópole. Esse enriquecimento favorece a burguesia - classe que detém os meios de produção - que passa a contestar o poder do rei, resultando na crise do sistema absolutista.

E com as revoluções burguesas, como a Revolução Francesa e a Revolução Inglesa, estava garantido o triunfo do capitalismo. A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. Na Europa Ocidental, a burguesia assume o controle econômico e político. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento) e a força do capital se impõe. Surgem as primeiras teorias econômicas: a fisiocracia e o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam Smith (1723-1790), percursor do liberalismo econômico, publica Uma Investigação sobre Naturezas e Causas da Riqueza das Nações, em que defende a livre-iniciativa e a não-interferência do Estado na economia.

O capitalismo é traduzido num sistema de mercado baseado na iniciativa privada, monopolização dos meios de produção e exploração de oportunidades de mercado para efeito de lucro. Exatamente no lucro concentra-se toda a crueldade e irracionalidade do capitalismo que destina o sacrifício do trabalho de todos para o enriquecimento de uma minoria. A burguesia provoca guerras e destrói éticas para seu enriquecimento material. É inadmissível que o controle da produção econômica e do mercado centralize-se nas mãos de uns poucos magnatas, que provocam recessões e crises surpreendentes de acordo com seus interesses. O quadro no qual o capitalismo se apresenta é a de crescente deterioração social, com desemprego, fome e profunda miséria. Gera subdesenvolvimento, promove guerras por interesses financeiros e por elas investe gigantesca quantidade de dinheiro na indústria bélica. Essa corrida armamentista financia forças terroristas que lutam contra regimes democráticos (como os CONTRA na Nicarágua e inúmeros outros golpes de Estado financiados pelos maiores capitalistas, os EUA).

A militarização da sociedade é uma conseqüência cruel do capitalismo, bem como a crescente concentração de riqueza nas mãos da oligarquia financeira. É a velha história de que poucos têm muito e muitos têm pouco. Esse é o legado básico o capitalismo. O capital financeiro rege nossas vidas. A idéia de um desenvolvimento sustentável é ridicularizada e a democracia esvai-se nos preconceitos contra grupos sociais e no sufocamento de pessoas que lutam por justiça social e acabam jogadas no ostracismo. E atualmente a concentração de riquezas tem aumentado vertiginosamente e proporcional à perda de direitos trabalhistas. A educação e a saúde estão precaríssimos. Em nosso país, por exemplo, mães passam dias e noites numa fila para que seu filho possa estudar. Volta para casa sem a vaga e chora pelo futuro de seu sucessor. Sem educação desde criança poucas chances terá de desenvolver seu potencial e pensar criticamente.

Há também as crianças, e até adultos, que morrem, e em grande número, por doenças de fácil erradicação ou então por não ter o que comer. Ou alguém ainda não viu os nordestinos, os africanos subnutridos há dias sem comer. Aquilo é real. Aquelas são pessoas reais. São sofrimentos reais. Diante de tal constatação fica difícil defender o capitalismo em qualquer plano que seja.






A Globalização: Mundialização do capitalismo

Fatos históricos marcantes ocorridos entre o final da década de 1980 e o início da de 1990 determinaram um processo de rápidas mudanças políticas e econômicas no mundo. Até mesmo os analistas e cientistas políticos internacionais foram surpreendidos pelos acontecimentos:
• A queda do Muro de Berlim em 1989;
• O fim da Guerra Fria;
• O fim do socialismo real;
• A desintegração da União Soviética, em dezembro de 1991, e seu desdobramento em novos Estados Soberanos (Ucrânia, Rússia, Lituânia etc.);
• A explosão étnica ou das nacionalidades em vários lugares, acompanhada da guerra civil: antiga Iugoslávia, Geórgia, Chechênia etc.;
• O fim da política do apartheid e a eleição de Nelson Mandela para presidente, na África do Sul;
• O acordo de paz entre Israel, OLP (organização para libertação da Palestina) e Jordânia;
• A formação de blocos econômicos regionais (União Européia, Nafta, Mercosul, etc.);
• O grande crescimento econômico de alguns países asiáticos (Japão, Taiwan, China, HongKong, Cingapura), levando a crer que constituirão a região mais rica do Século XXI;
• O fortalecimento do capitalismo em sua atual forma, ou seja, o neoliberalismo;
• O grande desenvolvimento científicos e tecnológico ou Terceira Revolução Industrial ou Tecnológica.


Até praticamente 1989, ano da queda do Muro de Berlim, o mundo vivia na clima da Guerra Fria. De um lado, havia o bloco de países capitalista, comandados pelo Estados Unidos , de outro, o de países socialistas, liderado pela ex-União Soviética, configurando uma ordem mundial bipolar ou um sistema de polaridades definidas.

A reformas iniciadas por Gorbatchev,, na ex-União Soviética, em 1985, através da perestroika e da glasnost, foram pouco a pouco minando o socialismo real e, consequentemente, essa ordem mundial bipolar. A queda do Muro de Berlim, com a reunificação da Alemanha, a eleição de Lech Walesa (líder do partido Solidariedade) para a presidência da Polônia, em 1990, que representou o término do domínio a absoluto do Partido Operário Unificado Polonês sobre a sociedade polonesa , e muitos outros acontecimentos do Leste Europeu alteraram profundamente o sistema de forças até então existente no mundo.

De um sistema de polaridades definidas passou-se, então, para um sistema de polaridades indefinidas ou para a multipolarização econômica do mundo. O confronto ideológico (capitalismo versus socialismo real) passou-se para a disputa econômica entre países e blocos de países.

O beneficiário dessa mudança, historicamente rápida, que deixou muitas pessoas perplexas por imprevisibilidade a curto prazo, foi o sistema capitalista, que pôde expandir-se praticamente hegemônico na organização da vida social em todas as suas esferas (política, econômica e cultural). Assis, o capitalismo mundializou-se, globalizou-se e universalizou-se, invadiu os espaços geográficos que até então se encontravam sob o regime de economia centralmente planificada ou nos quais ainda se pensava poder viver a experiência socialista.

Nas palavras de Otávio Ianni, sociólogo brasileiro que já há algum tempo vem estudando a questão da globalização:

"O capitalismo tinge uma escala propriamente global. Além das suas expressões nacionais, bem como dos sistemas e blocos articulando regiões e nações países dominantes e dependentes, começa a ganhar perfil mais nítido o caráter global do capitalismo. Declinam os estados-nações, tanto os dependentes como os dominantes. As próprias metrópoles declinam, em benefício de centros decisórios dispersos em empresas e conglomerados {..{."(Otávio Ianni, A sociedade global, p. 39.)

A globalização não é um acontecimento recente. Ela se iniciou já nos séculos XV e XVI, com a expansão marítimo-comercial européia, consequentemente a do próprio capitalismo e continuou nos séculos seguintes. O que diferencia aquela globalização ou mundialização da atual é a velocidade e abrangência de seu processo, muito maior hoje. Mas o que chama a atenção na atual é sobretudo o fato de generalizar-se em vista da falência do socialismo real. De repente, o mundo tornou-se capitalista e globalizado.

As características da globalização podem ser assim resumidas:
• Internacionalização da produção;
• Internacionalização ou globalização das finanças;
• Alteração na divisão internacional do trabalho, ou, antes, criação de uma nova divisão de trabalho dentro das próprias empresas transnacionais, e que a distribuição das funções produtivas não se encontra mais concentrada num único país, mas espalhadas por vários países e continentes (por exemplo, um país fabrica um componente do produto, um segundo fabrica outro, um terceiro faz a montagem, enquanto o centro financeiro e contábil da empresa está sediado num quarto país);
• O grande movimento migratório do hemisfério sul para o norte;
• A questão ambiental e a sua importância nas discursões internacionais;
• O estado passa de protetor das economias nacionais e provedor do bem-estar social, a adaptar-se à economia mundial ou às transformações do mundo que ela própria e a exaltação do livre mercado provocam;
Nesse quadro de globalização, hoje, as empresas transnacionais:
• Atuam em vários países ao mesmo tempo;
• Compram a melhor matéria-prima as menor preço em qualquer lugar do mundo;
• Instalam-se onde os governos oferecem mais vantagens ( terrenos, infra-estrutura, isenção ou redução de impostos etc.) e a mão-de-obra é mais barata;
• Com um eficiente sistema de distribuição, enviam seus produtos para todos os cantos do mundo;
• Fazem uma intensa publicidade, convencendo-nos da necessidade de adquiri-los, criando necessidade humanas inimagináveis, num mundo que não foram resolvidas questões básicas de sobrevivência de centenas de milhões ou bilhões de seres humanos (fome, emprego, moradia, educação, saúde etc.);
• Têm um faturamento gigantesco, que chega a ser superior à soma do PIB de vários países.


A biodiversidade

A BIODIVERSIDADE
Um elemento que ganha crescente destaque dentro da questão ambiental é a biodiversidade, ou diversidade biológica ( de espécies animais e vegetais, de fungos e microrganismos). Preservar a biodiversidade é condição básica para manter um meio ambiente sadio no planeta: todos os seres vivos são interdependentes, participam de cadeias alimentares ou reprodutivas, e sabidamente os ecossistemas mais complexos, com maior diversidade de espécies, são aqueles mais duráveis e com maior capacidade de adaptação às mudanças ambientais. Além disso, a biodiversidade é fundamental para a biotecnologia que, como já vimos, é uma das indústrias mais promissoras na Terceira Revolução Industrial que se desenvolve atualmente.

A humanidade já catalogou e definiu quase 1,5 bilhão de organismos, mas isso é muito pouco: calcula-se que o número total deles na Terra chegue a no mínimo 10 bilhões e talvez até a 100 bilhões! E a cada ano milhares de espécies são exterminadas para sempre, numa proporção que pode atingir 30% das espécies totais dentro de três décadas, se o atual ritmo de queimada e desmatamentos nas florestas tropicais ( as mais ricas em biodiversidade), de poluição nas águas, etc. continuar acelerado. Isso é catastrófico, pois essas espécies foram o resultado de milhões de anos de evolução no planeta, e com essa perda a biosfera vai ficando mais empobrecida em diversidade biológica, o que e perigoso para o sistema de vida como um todo.

Não podemos esquecer a importância econômica e até medicinal de cada espécie. Por exemplo: as flores que cultivamos em jardins e os frutos e hortaliças que comemos são todos derivados de espécies selvagens. O processo de criar novas variedades, com cruzamentos ou com manipulação genética, produz plantas híbridas mais frágeis que as nativas, mais suscetíveis a doenças ou ao ataque de predadores, que necessitam portanto de mais proteção para sobreviverem e, de tempos em tempos, precisam de um novo material genético para serem corrigidas e continuarem produzindo colheitas. Por isso, precisamos ter a maior diversidade possível, principalmente das plantas selvagens ou nativas, pois são elas que irão fornecer esse novo material genético.

Os organismos constituem a fonte original dos princípios ativos* dos remédios, mesmo que estes posteriormente sejam produzidos artificialmente em laboratórios. Os antibióticos, por exemplo, foram descobertos a partir do bolor ( fungos que vivem em matéria orgânica por eles decomposta); e a aspirina veio originalmente do chá de uma casca de árvore da Inglaterra. É por isso que há tanto interesse atualmente em pesquisas de florestas tropicais ou dos oceanos, em mapeamento genético de organismos. A grande esperança de um novo tipo de desenvolvimento, menos poluidor que o atual, está principalmente na biotecnologia: produzir fontes de energia ou plásticas a partir de bactérias, alimentos em massa a partir de algas marinhas, remédios eficazes contra doenças que matam milhões a cada ano originados de novos princípios ativos de microrganismos ou plantas, etc.

A biodiversidade, assim, é também uma fonte potencial de imensas riquezas e o grande problema que se coloca é saber quem vai lucrar com isso: se os países ricos, que detêm a tecnologia essencial para descobrir novos princípios ativos e fabricá-los , ou se os países detentores das grandes reservas de biodiversidade, das florestas tropicais em especial. O mais provável é um acordo para compartilhar por igual as descobertas e os lucros, mas ainda estamos longe disso. Os países desenvolvidos, como sempre, têm um trunfo na mão, a tecnologia; mas alguns países subdesenvolvidos, os que têm grandes reservas de biodiversidade, têm agora outro trunfo, uma nova forma de matéria-prima que não está em processo de desvalorização, como as demais ( os minérios e os produtos agrícolas).
OS MOVIMENTOS ECOLÓGICOS
Nos países desenvolvidos, que se constituem como “sociedade de consumo”, a poluição tende a alcançar graus elevados. A publicidade intensa voltada para os lucros das empresas, convida as pessoas a consumirem cada vez mais. As embalagens de plástico, lata ou papel tornam-se mais importantes que o próprio produto. A moda se altera rapidamente para que novos produtos possam ser fabricados e lançados no mercado. A cada ano que passa as mercadorias são feitas para durarem cada vez menos, para não diminuir nunca o ritmo de crescimento: um automóvel hoje é fabricado para durar no máximo quinze anos; as habitações construídas atualmente têm duração muito menor que as do passado e o mesmo se pode dizer das roupas, além de vários outros produtos.

Mas é justamente nesses países desenvolvidos que os movimentos ecológicos, as reivindicações populares por um ambiente melhor estão mais avançados. Isso porque a tradição democrática nessas nações é mais antiga e mais forte. Uma das principais formas de se avançar com a democracia, hoje, consiste em lutar por uma melhor qualidade de vida, o que já vem ocorrendo com as associações de consumidores, que lutam por seus direitos, com as organizações de moradores, que reivindicam certas melhorias em seus bairros ou lutam contra a instalação de alguma indústria poluidora, etc.

Além disso, os cidadãos de certos países exigindo - e, em boa parte, conseguindo - a aprovação de leis que combatam a poluição e facilitem os processos judiciais contra empresas que poluem o ambiente. Tudo isso leva os governos desses países desenvolvidos - que, normalmente, têm uma certa preocupação com eleições e votos - a se voltarem para a questão do meio ambiente, com planos de reurbanização de certas cidades, com a intensificação da fiscalização sobre as empresas poluidoras e com alguns tímidos projetos de reflorestamento ou preservação das poucas matas originais que restam.

A Conservação da Natureza

A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

1. Recursos Naturais e Conservacionismo

Constituem recursos naturais todos os bens da natureza que o homem utiliza, como o ar, a água e o solo. Costuma-se classificar os recursos naturais em dois tipos principais: renováveis e não renováveis.

Os recursos naturais renováveis são aqueles que, uma vez utilizados pelo homem, podem ser repostos. Por exemplo: a vegetação (com o reflorestamento), as águas em geral (com excesso dos lençóis fósseis ou artesianos), o ar e o solo (que pode ser recuperado através do pousio, da proteção contra erosão, da adubação correta, da irrigação, etc.)

Os recursos naturais não renováveis são aqueles que se esgotam, ou seja, que não podem ser repostos. Exemplos: o petróleo, o carvão, o ferro, o manganês, o urânio, a bauxita (minério de alumínio), o estanho, etc. Uma vez utilizado o petróleo, por exemplo, através da produção - e da queima - da gasolina, do óleo diesel, do querosene, etc., é evidente que não será possível repor ou reciclar os restos.

Essa separação entre recursos renováveis e não renováveis é apenas relativa. O fato de um recurso ser renovável, ou reciclável, não significa que ele não possa ser depredado ou inutilizado: se houver mau uso ou descuido com a conservação, o recurso poderá se perder. Por exemplo, degradação ou destruição irreversível de solos, desaparecimento de uma vegetação rica e complexa, que e substituída por outra pobre e simples, etc. E mesmo o ar e a água, que são extremamente abundantes, existem em quantidades limitadas no planeta: a capacidade deles de suportar ou absorver poluição, sem afetar a existência da vida, evidentemente não é infinita. Dessa forma, mesmo os recursos ditos renováveis só podem ser utilizados a longo prazo por meio de métodos racionais, com uma preocupação conservacionista, isto é, que evite os desperdícios e os abusos.

Conservacionismo ou conservação dos recursos naturais é o nome que se dá à moderna preocupação em utilizar adequadamente os aspectos da natureza que o homem transforma ou consome. Conservar, nessa caso, não significa guardar e sim utilizar racionalmente. A natureza deve ser consumida ou utilizada para atender às necessidades do presente dos seres humanos, mas levando em conta o futuro, as novas gerações que ainda não nasceram, mas para as quais temos a obrigação de deixar um maio ambiente sadio.

Foi somente a partir da degradação do meio ambiente pelo homem - e da extinção de inúmeras espécies animais e vegetais - que surgiu essa preocupação conservacionista. O intenso uso da natureza pela sociedade moderna colocou, especialmente no nosso século, uma série de interrogações quanto ao futuro do meio ambiente: Quando se esgotarão alguns recursos básicos, como o petróleo ou o carvão? Como evitar a destruição das reservas florestais que ainda restam em nosso planeta e ao mesmo tempo garantir alimentos e recursos para crescente população mundial? O que fazer para que não ocorra a extinção total de certas espécies ameaçadas, como as baleias? Como os países subdesenvolvidos poderão resolver seus problemas de pobreza, fome e subnutrição sem depredar a natureza? O conservacionismo procura responder a essas e outras questões semelhantes conciliando o desenvolvimento econômico com a defesa do meio ambiente, por meio da utilização adequado dos bens fornecidos pela natureza.

2. O Patrimônio Cultural - Ecológico

Somente a utilização racional dos recursos naturais não basta. O conservacionismo é uma atitude necessária mas insuficiente. Além do uso racional da natureza, isto é, pelo maior tempo possível e beneficiando o maior números de pessoas, é necessário também preservá-la, resguardá-la tal como ela ainda existe em certas áreas. Daí ter surgido a idéia de patrimônio cultural e ecológico da humanidade. Trata-se de paisagens culturais ou obras de cultura que possui um valor inestimável; por exemplo, um rico ecossistema, uma cidade ou um monumento que retratem ou simbolizem uma época ou uma civilização. São exemplos de patrimônio ecológico: o Pantanal Mato-Grossense (que possui a fauna mais rica e variada do continente americano), a Amazônia, a floresta do Congo na África, a Antártida. Como patrimônios culturais podemos citar a Grande Muralha da China, as pirâmides do Egito as cidades de Meca e Jerusalém.

Por que surgiu a necessidade de preservar ou resguardar certas áreas ou obras, tanto culturais como naturais? E por que se fala em patrimônio cultural-ecológico?
Coma industrialização e a chamada vida moderna, tudo se transforma, tudo é constantemente modificado em nome do “progresso”. As memórias do passado e a diversidade criada pela natureza são destruídas a cada dia. Não se respeita nem a História - as tradições e obras das gerações anteriores - nem a natureza (os ecossistema em diversidade). Para que as futuras gerações tenham uma idéia da riqueza do que foi produzido no planeta, para que sobrevivam amostras de todos os valores produzidos pela natureza ou pela História, é necessário definir esses patrimônios, que são áreas consideras intocadas, protegidas, resguardadas contra a ambição do lucro do comércio. O estabelecimento de áreas tombadas ou protegidas pelo poder público um avanço na defesa da natureza e das obras artísticas, arquitetônicas ou urbanísticas importantes do passado. Sem essa proteção, tais obras estariam condenadas à destruição para dar lucro a alguns.

A Degradação do Meio Ambiente

1- O que é poluição

Dá-se o nome de poluição a qualquer degradação (deterioração, estrago) das condições ambientais, do habitat de uma coletividade humana. É uma perda, mesmo que relativa, da qualidade de vida em decorrência de mudanças ambientais. São chamados de poluentes os agentes que provocam a poluição, como um ruído excessivo, um gás nocivo na atmosfera, detritos que sujam os rios ou praias ou ainda um cartaz publicitário que degrada o aspecto visual de uma paisagem. Seria possível relacionar centenas de poluentes e os tipos de poluição que ocasionam, mas vamos citar apenas mais dois exemplos.

Um deles são os agrotóxicos (DDT, inseticidas, pesticidas), muito utilizados para combater certos microorganismos e pragas, em especial na agricultura. Ocorre que o acúmulo desses produtos acaba por contaminar os alimentos com substâncias nocivas à saúde humana, às vezes até cancerígenas. Outro exemplo é o das chuvas ácidas, isto é, precipitações de água atmosférica carregada de ácido sulfúrico e de ácido nítrico. Esses ácidos, que corroem rapidamente a lataria dos automóveis, os metais de pontes e outras construções, além de afetarem as plantas e ocasionarem doenças respiratórias e da pele nas pessoas, são formados pela emissão de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio por parte de certas indústrias. Esses gases, em contato com a água da atmosfera, desencadeiam reações químicas que originam aqueles ácidos. Muitas vezes essas chuvas ácidas vão ocorrer em locais distantes da região poluidora, inclusive em países vizinhos, devido aos ventos que carregam esses gases de uma área para outra.

O problema da poluição, portanto, diz respeito à qualidade de vida das aglomerações humanas. A degradação do meio ambiente do homem provoca uma deterioração dessa qualidade, pois as condições ambientais são imprescindíveis para a vida, tanto no sentido biológico como no social.

2- A revolução industrial e a poluição.

Foi a partir da revolução industrial que a poluição passou a constituir um problema para a humanidade. É lógico que já existiam exemplos de poluição anteriormente, em alguns casos até famosos (no Império Romano, por exemplo). Mas o grau de poluição aumentou muito com a industrialização e urbanização, e a sua escala deixou de ser local para se tornar planetária. Isso não apenas porque a indústria é a principal responsável pelo lançamento de poluentes no meio ambiente, mas também porque a Revolução Industrial representou a consolidação e a mundialização do capitalismo, sistema sócio-econômico dominante hoje no espaço mundial. E o capitalismo, que tem na indústria a sua atividade econômica de vanguarda, acarreta urbanização, com grandes concentrações humanas em algumas cidades. A própria aglomeração urbana já é por si só uma fonte de poluição, pois implica numerosos problemas ambientais, como o acúmulo de lixo, o enorme volume de esgotos, os congestionamentos de tráfego etc.

Mas o importante realmente é que o capitalismo é um sistema econômico voltado para a produção e acumulação constante de riquezas. E tais riquezas nada mais são do que mercadorias, isto é, bens e serviços produzidos - geralmente em grande escala - para a troca, para o comércio. Praticamente tudo que existe, e tudo o que é produzido, passa a ser mercadoria com o desenvolvimento do capitalismo. Sociedades, indivíduos, natureza, espaço, mares, florestas, subsolo: tudo tem de ser útil economicamente, tudo deve ser utilizado no processo produtivo. O importante nesse processo não é o que é bom ou justo e sim o que trará maiores lucros a curto prazo. Assim derrubam-se matas sem se importar com as conseqüências a longo prazo; acaba-se com as sociedades preconceituosamente rotuladas de “primitivas”, porque elas são vistas como empecilhos para essa forma de “progresso”, entendido como acumulação constante de riquezas, que se concentram sempre nas mãos de alguns.

A partir da Revolução Industrial, com o desenvolvimento do capitalismo, a natureza vai pouco a pouco deixando de existir para dar lugar a um meio ambiente transformado, modificado, produzido pela sociedade moderna. O homem deixa de viver em harmonia com a natureza e passa a dominá-la, dando origem ao que se chama de segunda natureza: a natureza modificada ou produzida pelo homem - como meio urbano, por exemplo, com seus rios canalizados, solos cobertos por asfalto, vegetação nativa completamente devastada, assim como a fauna original da área, etc. - , que é muito diferente da primeira natureza, a paisagem natural sem intervenção humana.

Contudo, esse domínio da tecnologia moderna sobre o meio natural traz conseqüências negativas para a qualidade da vida humana em seu ambiente. O homem, afinal, também é parte da natureza, depende dela para viver, e acaba sendo prejudicado por muitas dessas transformações, que degradam sua qualidade de vida.

3. A Poluição Das Águas

Desde os tempos mais remotos o homem costuma lançar seus detritos nos cursos de água. Até a Revolução Industrial, porém, esse procedimento não causava problemas, já que os rios, lagos e oceanos têm considerável poder de autolimpeza, de purificação. Com a industrialização, a situação começou a sofrer profundas alterações. O volume de detritos despejados nas águas tornou-se cada vez maior, superando a capacidade de purificação dos rios e oceanos, que é limitada. Além disso, passou a ser despejada na água uma grande quantidade de elementos que não são biodegradáveis, ou seja, não são decompostos pela natureza. Tais elementos - por exemplo, os plásticos, a maioria dos detergentes e os pesticidas - vão se acumulando nos rios, lagos e oceanos, diminuindo a capacidade de retenção de oxigênio das águas e, consequentemente, prejudicando a vida aquática.

A água empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termelétricas e atomelétricas e em alguns tipos de indústrias também causa sérios problemas de poluição. Essa água, que é lançada nos rios ainda quente, faz aumentar a temperatura da água do rio e acaba provocando a eliminação de algumas espécies de peixes, a proliferação excessiva de outras e, em alguns casos, a destruição de todas.

Um dos maiores poluentes dos oceanos é o petróleo. Com o intenso tráfego de navios petroleiros, esse tipo de poluição alcança níveis elevadíssimos. Além dos vazamentos causados por acidente, em que milhares de toneladas de óleo são despejados na água, os navios soltam petróleo no mar rotineiramente, por ocasião de lavagem de seus reservatórios. Esses resíduos de petróleo lançados ao mar com a água da lavagem representam cerca de 0,4 a 0,5% da carga total.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ser professor ou educador...


Eis a questão!

"PROFESSOR- Aquele que professa ou ensina uma ciência, uma religião, uma arte, uma técnica, uma disciplina. De "professor": declara abertamente, reconhecer em público, injetar ideias. Professor é o indivíduo que repassa aos alunos, conhecimentos específicos de uma determinada área. Ele passa para a frente os mais diversos conteúdos, que cumpre todo o programa, tem postura de que tudo conhece, desdenha a curiosidade e impõem regras e técnicas moldadas pela tradição e maturidade adquirida pelo seu próprio aprendizado e formação."

"EDUCADOR- Aquele que promove a educação, que procura contribuir para a construção do caráter, para que o indivíduo saiba fazer suas próprias escolhas. De "educare": criar, alimentar, ter cuidado com. Educador é aquele que, além de repassar aos alunos, conhecimentos específicos de uma determinada área, se preocupa, também, com a formação do seu aluno, tanto no aspecto técnico quanto moral, ou seja, "informa e forma cidadãos". Suas ações implicam no rompimento do círculo fechado do egoísmo intelectual, do individualismo árido e frio, abrindo a pessoa em disponibilidade para o outro e evidenciando a participação do educando como sujeito da própria educação. Mas como só temos, em verdade, aquilo que damos, também somente podemos dar aquilo que temos. Em latim, a expressão: "nemo dat quot non hatel" mostrar a essência deste pensamento: "ninguém dá o que não tem". Pense nisso! "

"Ser educador é misturar tudo dentro de um só recipiente"

Ao ler essa matéria na Revista Educativa achei interessante compartilhar com todos que se ineressam pelo assunto. Cláudia

REVISTA EDUCATIVA