Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

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Geografia Uniube EAD 2013

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sistema de Coordenadas UTM


O UTM - Universal Transversa de Mercator - é um sistema de coordenadas baseado no plano cartesiano (eixo x,y) e usa o metro (m) como unidade para medir distâncias e determinar a posição de um objeto. Diferentemente das Coordenadas Geográficas (ou Geodésicas), o sistema UTM, não acompanha a curvatura da Terra e por isso seus pares de coordenadas também são chamados de coordenadas planas.

Os fusos do sistema UTM indicam em que parte do globo as coordenadas obtidas se aplicam, uma vez que o mesmo par de coordenadas pode se repetir nos 60 fusos diferentes. A imagem ao lado representa um desses fusos, com a linha horizontal representando o Equador e a vertical, o Meridiano Central do Fuso UTM.

Outra característica do sistema de Mercator é que não há coordenadas negativas e apenas dois eixos: E(x) e N(y), indicando, respectivamente, Longitude e Latitude. No nosso hemisfério sul, as distâncias do eixo N(y) iniciam em 10.000.000 na linha do Equador e decrescem para o sul até 0; enquanto o eixo E(x) começa em 500.000 aumentando para o Leste e decrescendo para Oeste. No hemisfério Norte, as coordenadas de eixo E(x) se comportam da mesma maneira, enquanto que as do eixo N(y), tem sua origem no Equador e aumentam para o Norte.

O que escrevi aqui é apenas um conceito amplo e muito mais pode ser aprendido a partir dos links abaixo:

É possível, com cálculos matemáticos, converter coordenadas planas para geográficas bastando saber o fuso na qual as coordenadas UTM estão. O site do curso de Engenharia Cartográfica da UERJ tem um conversor online.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

“Água e Urbanização” – reaproveitar e usar bem é sempre bom.

Por aqui a água potável é utilizada para fins menos nobres, como em descargas sanitárias, lavatórios, para lavar pátios, regar jardins etc.
A sociedade brasileira possui, como forte traço cultural, a dificuldade de planejar e poupar recursos, econômicos e naturais, traço esse que costuma trazer dificuldades ao país, no futuro.
Isto também ocorre quando está em questão um bem natural cada vez mais escasso, a água: utilizá-la de forma racional e implementar medidas legais visando a estimular a captação das águas das chuvas são ações que trazem forte impacto positivo, econômico, ambiental e até de auxílio à prevenção de enchentes.
As grandes cidades brasileiras, nas quais as fortes chuvas são a causa de constantes enchentes e alagamentos, são justamente os locais onde o problema da falta de água potável poderá se agravar nos próximos anos. Justamente devido a esses problemas, que não exclusivos do Brasil, a ONU definiu como tema de seu World Water Day 2011 “Água e Urbanização”.
A intenção é chamar a atenção para a importância dos recursos hídricos em um contexto de rápida urbanização – segundo dados do organismo, a cada segundo duas pessoas são incorporadas à população urbana. Na América Latina, 77% dos seus habitantes vivem nas cidades e as taxas de urbanização continuam crescendo.
“A relação entre a água e as cidades é crucial. Cidades requerem grandes quantidades de água fresca/potável e, por outro lado, geram grandes impactos nos sistemas de água limpa”, alerta a ONU, lembrando que enchentes, secas e outros eventos extremos, derivados das mudanças climáticas, também podem afetar a qualidade da água nos próximos anos.
As grandes oportunidades nesse contexto estão relacionadas ao aumento da reciclagem e do reuso da água e do esgoto, por meio de tecnologias mais eficientes. A captação da água na própria cidade, por meio de sistemas de reaproveitamento das águas das chuvas, também são vistas como solução para o problema do abastecimento futuro.
Apesar da grande incidência de chuvas em boa parte no Brasil, são poucas ou quase inexistentes as iniciativas para a captação das águas das chuvas nas cidades. E, para piorar, por aqui a água potável é utilizada para fins menos nobres, como em descargas sanitárias, lavatórios, para lavar pátios, regar jardins etc. Essa realidade precisará ser repensada.
A captação das águas pluviais nas edificações, especialmente em prédios, funciona como “piscinhas”, reservatórios que ajudam a diminuir bastante a quantidade de água que corre para córregos e rios em prazos muito curtos e em grande volume, causando as enchentes.
Há diversos sistemas possíveis de implantação que, ao mesmo tempo em que solucionam a questão do uso da água potável para fins menos nobres, podem ser um aliado na mitigação de problemas causados por fortes chuvas, como alagamentos e enchentes.
No Brasil, há muito o que melhorar na relação entre cidades-abastecimento de água. Faltam conscientização, medidas para evitar poluição e incentivos para o uso racional da água, como a substituição de equipamentos hidrossanitários por produtos economizadores de água, que permitem economizar quase 70% comparado ao consumo dos produtos obsoletos e gastadores.
Cidades dos Estados Unidos, como Nova York e Houston, por exemplo, já implantaram com sucesso programas de incentivo à adoção de equipamentos racionalizadores do consumo de água. E, claro, estamos ainda longe da desejada universalização do saneamento.
O uso racional da água, além de permitir economia nas contas mensais de saneamento, com a diminuição das contas também é peça importante ambientalmente, uma vez que menos consumo é igual a menos poluição e traz o benefício adicional de evitar a construção de novos reservatórios e adutoras, que provocam desmatamento e, assim, destruição de parte da flora e da fauna.
O país já dispõe de tecnologias e equipamentos de ponta para a implementação de programas de uso racional da água. Precisa haver estímulo legal à sua adoção, com benefícios fiscais, por exemplo, aos que trocarem equipamentos hidrossanitários gastadores por outros, economizadores.
E é essencial que os responsáveis pela aprovação de leis em âmbito municipal, estadual e federal, vereadores, deputados estaduais e federais e senadores, comecem a pensar com maior seriedade nessa questão e proponham textos legais que estimulem o uso racional da água e a captação de águas pluviais. A sociedade só tem a ganhar com essas medidas. E o meio ambiente certamente ficará muito grato.
*Paulo Costa é Diretor da H2C, empresa de consultoria e planejamento de uso racional da água membro do Green Building Council Brasil.
Fonte: guiarioclaro.com