Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

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Geografia Uniube EAD 2013

sábado, 4 de fevereiro de 2012

CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES NO USO DAS TICs

CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES

NO USO DAS TICs NA EDUCAÇÃO:

CONECTANDO REALIDADE À PRÁTICA DOCENTE


1. IDENTIFICAÇÃO


1.1. Autores:
Geane Aparecida Poteriko da Silva
Hioni Robert dos Santos
Mônica da Silveira Nascimento da Rocha

1.2. Contextualização


A aplicação das Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs – está se mostrando cada vez mais necessária no contexto em sala de aula. O sistema educacional vigente exige múltiplas ações face ao pluralismo e à intensa multiplicidade dos nossos alunos, o que revela que tais ações precisam causar impacto, para que estes possam ampliar seu aprendizado e, ainda, a busca pelo conhecimento. A utilização dos recursos tecnológicos é, portanto, uma alternativa intensamente impactante na realidade escolar.

São inúmeros os fatores e aspectos que comprovam a eficácia e necessidade do uso dos recursos tecnológicos na escola, motivos pelos quais ao professor torna-se fundamental a capacitação para uso adequado e pedagógico destas inovações tecnológicas em benefício do trabalho docente.

Além disso, percebe-se que, na prática pedagógica, o professor não pode mais centralizar-se apenas no livro escrito, quadro negro e giz. É necessário estar “plugado” no uso das tecnologias para saber “como” e “quando” usá-las em sala de aula. Entretanto, tais tecnologias não se referem unicamente aos computadores ou projetores de multimídia; tratam-se de recursos tecnológicos além destes, mais amplos e variados, que podem ser desde ambientes virtuais de aprendizagem até a televisão, o vídeo cassete, o DVD Player, o retroprojetor, o projetor de slides, mapas, imagens, entre outros.

Considerando, ainda neste contexto, que a comunicação e a informação se tornaram instrumentos fundamentais nas ações educacionais, percebe-se diante das inúmeras possibilidades que as mídias digitais apresentam que permanece o grande e evidente desafio de desenvolver meios eficazes para integrá-los ao ambiente pedagógico.

É por isso que se torna extremamente fundamental a capacitação permanente do educador nestes meios para procurar entender e aplicá-los. E, também, é essencial que os professores não se intimidem diante dos obstáculos que circundam sua prática pedagógica, mas, sim, que se apresentem como profissionais realmente engajados neste constante processo de mediar conhecimento buscando alternativas diferenciadas nas possibilidades de uso das tecnologias na escola.

Assim, pode-se afirmar que o uso dos recursos tecnológicos, de uma maneira geral, é muito importante. E, principalmente, se o educador souber como dominar as tecnologias educacionais – desde a televisão ou computador, ou mesmo a Internet, livro impresso, jornais, revistas e outras tantas formas – certamente haverá uma grande contribuição para uma educação mais aprimorada e agradável ao aluno.

Convém ainda mencionar CATTANI (2001), segundo o qual as TICs “ampliam as possibilidades das ações educativas, proporcionando através dos recursos disponíveis oportunidades para mudanças por parte dos professores (...) quanto aos métodos pedagógicos”. É, sem dúvida, esta ampliação voltada às mudanças metodológicas que se tornam gradativamente - e num ritmo ainda mais acelerado em relação há algumas décadas atrás – tão imprescindíveis e evidentes no cotidiano escolar.

BITTENCOURT et al. (2004) reitera que o uso das metodologias tecnológicas em sala de aula levam o aluno a “aprimorar a sua capacidade de aprender e de trabalhar de forma colaborativa, solidária, centrada na rapidez e na diversidade qualitativa das conexões e das trocas”, aspectos essenciais para a boa convivência na atual sociedade modernizada.

Portanto, para o educador conseguir permanecer inserido nesta nova realidade escolar, marcada pelo uso e evidente destaque das tecnologias, o passo inicial é a busca de capacitação e preparo para utilizar tais ferramentas em sala de aula.

1.3. Público envolvido

Para verificar os aspectos mais relevantes, positivos e negativos, envolvendo o processo de capacitação dos professores para uso das tecnologias em sua prática pedagógica, foi feita uma pesquisa de campo com o professorado de escolas estaduais, a saber: Colégio Estadual Vila Liberdade, em Colombo e Colégio Estadual Professor José Guimarães, em Curitiba. A pesquisa foi aplicada por meio de questionário no período de 1 a 12 de abril deste ano de 2010.

1.4. Integração de Mídias


TV Multimídia, Informática e Mídia Impressa.

1.5. Período de realização do projeto


O Projeto iniciou-se em 01/04/2010, com a aplicação da pesquisa (no período de 1/04/2010 a 12/04/2010), e sua execução será até a data de 19/06/2010, com a aplicação de capacitação para professores (conforme cronograma).

2. PROBLEMA

Consideramos como critério principal para a aplicação da pesquisa a seguinte problemática: "O que impede ou dificulta que o professor utilize a TV Multimídia e outros recursos tecnológicos, para fins didáticos, em sala de aula?"

3. ABORDAGEM PEDAGÓGICA

3.1. Refletindo o uso das TICs informatizadas na Educação

A tecnologia está totalmente presente no espaço e no tempo da sociedade atual. Desse modo, suas contribuições ao avanço do conhecimento devem estar relacionadas, sempre e incondicionalmente, à melhoria do ser humano em sua essência.

E, enquanto educadores, oportunizar o acesso dos alunos – que estão em processo constante de formação ética, moral e social – aos mais variados recursos tecnológicos é uma forma de conciliar o que há de mais moderno nos espaços de aprendizagem. E, consequentemente, de oportunizar, acima de tudo, a formação de alunos comprometidos com a ética e as boas relações sociais.

A informática educativa se configura, no contexto de sala de aula, uma ferramenta midiática relativamente nova, cujo objetivo não consiste na substituição do método pedagógico atual, mas sim no auxílio ao desenvolvimento das atividades educacionais. Através dela, o aluno pode aprender com maior facilidade os conteúdos específicos de várias disciplinas, utilizando para isso softwares educacionais.

Logo, a informática permite o estabelecimento de uma “ponte” no contexto de sala de aula. Ao mesmo tempo em que revela os conteúdos de forma mais ágil, possibilita ao aluno aplicá-los e trazê-los, de forma integrada, ao seu cotidiano, articulando a interação entre alunos e professores.
Assim, a educação informatizada contribui significativamente para facilitar a conectividade e melhorar a integração entre docentes e discentes, permitindo ao aluno estabelecer “conexão” a tudo que o rodeia, ao que observa no seu universo intrínseco e no seu dia a dia.

Neste sentido, MORAN (2007) afirma que:

... a escola, com as redes eletrônicas, abre-se para o mundo; o aluno e o professor se expõem, divulgam seus projetos e pesquisas, são avaliados por terceiros, positiva e negativamente. A escola contribui para divulgar as melhores práticas, ajudando outras escolas a encontrar seus caminhos. A divulgação hoje faz com que o conhecimento compartilhado acelere as mudanças necessárias e agilize as trocas entre alunos, professores, instituições. A escola sai do seu casulo, do seu mundinho e se torna uma instituição onde a comunidade pode aprender contínua e flexivelmente. (Moran: 2007, p. 12)

A mídia informática não é uma escolha aleatória no trabalho em sala de aula. É, sim, pautada no pressuposto de que é de fácil acesso e de que oportuniza imensas possibilidades de ampliação e aprofundamento do trabalho. Pode-se exemplificar que através de pesquisas na internet, produção de materiais em editores de texto, programas de apresentação/criação de slides e publicação em blogs ou ambientes virtuais de aprendizagem, como a Wiki, a informática em sala de aula atua como facilitadora do processo de aprendizagem.

Um dos grandes desafios do educador é transformar a sua aula em um ambiente interessante para o aluno. É verídico que o aluno se interessa por aulas diferenciadas, segundo Haydt (1988), “uma maneira de conseguir um clima de aprendizagem é tornar a aula o mais fascinante possível” e a informática oferece indiscutivelmente esta opção de diferenciação, uma vez que é capaz de prender a atenção dos alunos e motivá-los para a busca do conhecimento, tanto mediados pelo professor como por iniciativa própria; caso isto não aconteça, o ensino se transforma em mera transmissão de informações.

As atividades envolvendo a informática auxiliam no processo de ensino/aprendizagem e ampliam o trabalho do professor, possibilitando ao aluno o acesso às condições essenciais para formação e exercício da cidadania. Deve-se ressaltar, entretanto, que não se trata do uso do computador exclusivamente, nem mesmo do seu uso em ambiente reservado dentro da escola. A informática aplicada à educação pressupõe a incorporação deste novo paradigma tecnológico perpassando por todas as atividades e espaços escolares e sendo incorporada por todos os sujeitos que interagem neste ambiente.

3.2. Repensando a capacitação de professores: conexão entre realidade e prática docente

Utilizar as Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs – na escola, adaptando-se às necessidades e atuais exigências do contexto educacional, requer um amplo repensar sobre o perfil e a prática docente. E, neste repensar, tornam-se evidentes a inclusão de medidas práticas, centralizadas na busca constante por adaptação, preparo e capacitação para o uso de recursos tecnológicos em sala de aula.

Portanto, o ponto de partida deste processo de atualização metodológica está voltado logicamente ao eixo norteador organizacional de toda atividade escolar: o professor. BRITO e PURIFICAÇÃO (2008) mencionam, neste sentido, a afirmação de Freire (1994) de que “não há ensino de qualidade, nem reforma educativa, nem inovação pedagógica, sem uma adequada formação de professores”.
E, ainda segundo as autoras:

... nenhuma intervenção pedagógica harmonizada com a modernidade e os processos de mudanças que estão implícitos será eficaz sem a colaboração consciente do professor e sua participação na promoção da emancipação social (...) O processo de incorporação desta tecnologia no trabalho do professor deve ser efetivado em fases. Inicialmente, o professor necessita ter contato com esta tecnologia de uma forma voltada fortemente para o seu cotidiano. Este é um pré-requisito para que o processo de incorporação desta tecnologia se dê efetivamente, caso contrário, o processo será artificial e superficial, onde o professor se limitará a utilizar alguns jogos para desenvolver algumas habilidades ou reforçar alguns conteúdos. (Brito e Purificação: 2008, p. 30)


Dessa forma, conforme as autoras explicitam, a incorporação de qualquer tecnologia pelo professor se dará mediante seu contato diário com esta. A partir de então, haverá maior interação e domínio sobre seu uso.

Além disso, para que o educador mostre-se capacitado a utilizar as novas tecnologias como apoio pedagógico, é imprescindível que tenha – ou busque alcançar – conhecimento básico em computação e outras mídias (por exemplo TV, rádio e outros). Assim, poderá explorar as informações que necessite sobre como utilizar essa tecnologia na sua área de trabalho como recurso metodológico e com o objetivo de oferecer um ensino de qualidade.

Neste contexto, SAVIANI (1991) ressalta que para desenvolver habilidades ou reforçar conteúdos, o computador pode ser utilizado dentro de um conjunto mais amplo de atividades, em momentos pontuais no processo de ensino/aprendizagem. Desse modo, para o autor:

... o professor tem que estar capacitado para atuar nestes momentos, e também ter condições de pensá-los no contexto geral do seu trabalho. A educação hoje, já não pode mais manter-se somente como acadêmica ou profissionalizante, por isso necessitamos de professores que conheçam o sistema produtivo e principalmente as inovações tecnológicas. (Saviani: 1991, p. 18)



Ou seja: o professor deve sempre procurar a atualização profissional quanto pessoal. E, para esta efetiva atualização, BRITO e VERMELHO (1996) apontam o computador como principal alternativa. Segundo as autoras, o computador poderá ajudá-lo na “elaboração de materiais de apoio, bem como ser um valioso recurso para o ensino de diversas disciplinas do currículo, seja em sala de aula, num trabalho coletivo, seja na dinâmica do trabalho desenvolvido no laboratório”.

Entretanto, VALENTE (1998) afirma que “o maior obstáculo para a adoção de computadores nas escolas é a falta de capacitação prévia dos professores para saber como utilizar esta nova ferramenta de trabalho e, principalmente, como introduzir o uso do computador no currículo”. Muitas vezes, o professor sente-se acuado em pedir ajuda na utilização das TICs, seja por medo de discriminação ao expor a sua dúvida ou mesmo pela não facilidade em encontrar recursos, tal como é possível constar pela charge abaixo:


Fonte: Folha de São Paulo, caderno de informática, 07/04/2010.


Observa-se, então, na realidade escolar, que os alunos normalmente apresentam-se preparados para trabalhar com multimídias, em especial, as informatizadas, enquanto os professores, em sua maioria, pertencem a uma “geração de poucas mídias”, o que se configura como uma barreira ao trabalho docente. E transpor este tipo de barreira requer, a princípio, uma verdadeira mudança de paradigmas por parte do professor. Envolve o conhecer, o aceitar e o interagir com as mídias, que cada vez mais se incorporam ao espaço escolar.

DEMO (1993) afirma sobre a postura do professor no atual contexto educacional:

Elemento humano responsável pelo ambiente de aprendizagem, origem das interações e inter-relações entre os indivíduos participantes do ambiente educacional, testemunhas de outras mudanças e experiências, condicionado por uma educação do passado e marcado por ela (...) o professor deverá firmar um novo compromisso com a pesquisa, com a elaboração própria, com o desenvolvimento da crítica e da criatividade, superando a cópia, o mero ensino e a mera aprendizagem, uma postura que deverá manter quando estiver trabalhando num ambiente informatizado. (Demo: 1993, p.19)


Analisando os impactos causados pela presença da informática na educação, e envolvendo conceitos referentes à incorporação de recursos tecnológicos no dia a dia escolar, é possível perceber a adesão de muitos profissionais em educação às novas tecnologias. Entretanto, ainda há muito a se fazer, há um longo caminho de adaptação e atualização a se percorrer. Logo, capacitar o professor e também preparar o ambiente onde essas novas tecnologias serão inseridas são as opções iniciais mais sensatas para que o retorno esperado com o uso das mídias seja alcançado. Trata-se principalmente de pensar, e repensar, todo o processo educacional sob a perspectiva gradativa de crescimento e de inovação, interna e externamente.

Por fim, é adequado mencionar ainda a seguinte constatação, referente à capacitação de professores para uso das TICs na educação. SANCHO e HERNANDEZ (2006) mostram que escolas tanto públicas como particulares, com algumas poucas exceções, mostram-se mais preocupadas com questões técnicas (relativas a hardwares e softwares, por exemplo), e acabam ignorando o elemento central de qualquer ato pedagógico que é o professor. Assim, em muitas destas situações, a própria escola responsabiliza o educador pelo fracasso, ou mesmo por não ter alcançado o êxito esperado nas atividades ou projetos envolvendo recursos midiáticos e tecnológicos. E isto simplesmente tomando como justificativa o motivo de acreditar erroneamente que apenas um mero curso de capacitação em informática de 20 ou 40 h/a torna possível que os professores fiquem aptos a usar constantemente esta tecnologia no seu cotidiano. Ou seja: que em um simples “estalar de dedos” o professor se habilite tecnicamente para incorporar em seu dia a dia recursos que somente há pouco conhece e utiliza, ou melhor, tenta utilizar.

A “resposta” para a capacitação adequada do professor e a gradativa incorporação dos recursos tecnológicos em sua prática docente não está na aquisição de um diploma em informática. Nem mesmo em um ou outro curso que execute ou venha a realizar. A incorporação desta tecnologia no “fazer diário” do professor é bem mais complexa e depende de inúmeras outras variáveis e outros inúmeros fatores que permeiam esta realidade, conforme foi possível constatar no desenvolvimento deste trabalho e através da pesquisa descrita a seguir.

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1. Dados obtidos no questionário

Após a aplicação de 32 questionários, chegou-se ao seguinte quadro:

1) Há quanto tempo você terminou sua licenciatura?
(3%) não licenciado (18%) 1 a 5 anos
(38%)6 a 10 anos (41%) mais de 10 anos

2) A disciplina que você leciona é de qual área?
(41%) Linguagem, códigos e suas tecnologias
(24%) Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias
(35%) Ciências humanas e suas tecnologias

3) Quais mídias foram utilizadas pelos seus professores durante a sua licenciatura?(12%) rádio (43%) TV e/ou vídeo
(27%) jornal e revistas (18%) computador

4) No total (escola particular e pública) qual é sua carga horária (horas/aula) semanal?
(12%) entre 1 e 20 h/a (64%) entre 21 e 40 h/a
(24%) mais de 40 h/a

5) Qual o seu conhecimento em informática?
(35%) básico (lê e envia emails, navega na internet e digita textos, provas)
(47%) intermediário (básico + uso de pendrive, edição de fotos, planilhas)
(15%) intermediário plus (intermediário + edição de vídeos e música, configuração e instalação)
(3%) avançado

6) Para o uso da TV Pendrive, qual das tarefas você sente dificuldades e/ou não sabe?
(6%) gravação de arquivos no pendrive
(6%) localizar vídeos (youtube, por exemplo)
(18%) baixar vídeos da internet (já sabe onde está, porém não sabe baixar p/ seu computador)
(26%) conversão de vídeos para o formato da TV Pendrive
(22%) conversão de apresentações (PowerPoint, por exemplo) para uso na TV Pendrive
(11%) manuseio na TV e controle remoto
(11%) não tem dificuldades

7) Quantas vezes por mês você utiliza o TV em cada turma?
(3%) nunca (74%) 1 a 5 (15%) 6 a 10
(3%) 11 a 20 (6%) todas as aulas

8) O que seria necessário para você utilizar mais a TV em suas aulas?
(48%) mais conhecimento em informática
(45%) menos carga horária
(7%) outros

4.2. Análise dos dados

4.2.1. Análise 1: Resultados obtidos sem filtro

- Os professores pesquisados estão distribuídos em todas as áreas de conhecimento, sendo que a maioria (79%) obteve seu grau de licenciatura a mais de cinco anos.

- A maioria dos professores (88%) tem carga horária maior que 20 aulas por semana.

- Do universo pesquisado, 65% tem conhecimento intermediário ou superior em informática, mesmo assim, as dificuldades com relação ao uso da TV Multimídia foram anotadas como: baixar e converter vídeos da internet e conversão de formatos de slide.

- Um dos fatores limitantes ao uso de TV como recurso educativo foi a elevada carga horária (cerca de 45% dos entrevistados).

- 100% dos professores que responderam a questão 9 assinalaram que o uso do TV dinamiza a aula, apresentando o assunto de maneira mais atrativa ao aluno. Abaixo estão alguns depoimentos:

"Nossos alunos sentem necessidade de integrar o que usam no seu dia a dia na escola, principalmente no tocante às tecnologias. Por isso, trazer vídeos relacionados aos conteúdos, imagens e outros recursos midiáticos despertam o interesse do aluno, tornam a aula mais atrativa e trazem resultados extremamente positivos em relação à aprendizagem dos conteúdos trabalhados. É uma contribuição importante e necessária para complementar o trabalho em sala de aula."

"Agiliza a explicação, facilita a visualização. É mais atraente para os alunos e complementa o conteúdo se usar imagens/vídeos."
"Ampliar o leque de conhecimentos, atingir alunos que têm maior facilidade em aprender pela visão – maior interesse da turma."
"Na minha disciplina é fundamental o aluno aprender o conteúdo e visualizar imagens e vídeos relacionados. Por exemplo: Falar sobre o sistema digestivo e mostrar vídeos sobre a digestão."


4.2.2. Análise 2: Resultados obtidos, professores que não têm dificuldades no uso da TV Multimídia (11% do universo pesquisado)

- Destes professores, cinco afirmaram que para usar mais a TV Pendrive, seria necessária uma menor carga horária e dois que necessitam de mais conhecimento em informática. Cinco destes professores usa o TV entre 1 e 5 vezes ao mês.

4.2.3. Análise 3: Resultados obtidos, professores que estão licenciados a mais de dez anos

Neste grupo de professores, 80% apresentam dúvidas com relação à informática e conversão de arquivos (vídeos ou slides).

4.3. Considerações finais

Analisando os questionários respondidos, ficou evidente que os professores concordam que o uso da TV Multimídia agiliza o processo ensino-aprendizagem, dando mais vida ao conteúdo apresentado e deixando-o mais atrativo e compreensível.

Também ficou evidente que os professores licenciados há mais de dez anos pertencem a um grupo alvo para a capacitação e treinamento no uso das novas tecnologias.

De maneira geral, os professores apresentam dificuldades com relação à conversão de arquivos para utilização na TV, assim, é aconselhável que ocorram oficinas de treinamento e utilização de recursos tecnológicos.

Um fator facilitador é o upgrade dos programas de informática disponibilizados no laboratório de informática, tornando-os mais amigáveis aos professores, tais como programas de fácil operação nos quais seja possível baixar arquivos da internet no formato correto, sem depender de sites de downloads.
Portanto, analisar o contexto em torno da capacitação de professores para uso das Tecnologias da Informação e Comunicação em sala de aula, conectando-a à realidade e à prática docente, revela claramente que não basta colocar os instrumentos das TICs à disposição do professor, é preciso habilitá-lo para o uso dos mesmos. Conforme afirma Tavares (2004) “o fato de equipar a escola com computadores não é garantia de que este recurso será utilizado para a melhoria do processo de aprendizagem e de que ele por si só vá resolver os problemas da educação”.

É certo que o uso da informática e os recursos midiáticos podem potencializar o processo educação-aprendizagem. Contudo, isto não significa que estes recursos sejam o âmago do processo, embora possam auxiliar o aluno a visualizar e internalizar os conceitos e conteúdos propostos.

Foi possível constatar, por meio deste trabalho, que o ponto de partida do processo do uso de mídias é “desmistificar” o uso das TICs ao professor, transformando estes recursos em algo mais rotineiro e mais acessível e familiar. Mesmo porque muitos professores não utilizam as TICs por desconhecimento, por considerá-las em nível estratosférico, por simples falta de motivação ou insegurança. Além disso, outra barreira a ser transposta é o fato de que os professores de hoje não usaram cotidianamente as TICs em seus cursos de licenciatura, logo, não veem o processo educativo auxiliado pela informática e outras mídias.

Há muito a se fazer, entretanto, com disciplina e metodologia é possível levar o professor a usar com grande eficácia as ferramentas tecnológicas ao seu dispor.

4.4. Cronograma de Execução do Projeto

Devido à grande carga horária dos professores (que são o público alvo do projeto), é proposto um curso de capacitação em sábados alternados, das 08h00 até 12h00, com um período de coffee-break das 10h00 até 10h20min.

DATA
ATIVIDADES A SEREM REALIZADAS
08/05/2010 Módulo básico: Utilização e criação de pastas e arquivos. Gravação em pendrives e sua utilização. Criação de email (para os que não possuem). Navegação na internet e utilização de sites de busca. Como baixar arquivos. Envio de arquivos como anexo de email.
22/05/2010 Navegação e procura de vídeos no youtube. Download de vídeos utilizando o site www.onlinevideoconverter.com no formato do TvPendrive. Gravação do filme baixado no pendrive. Introdução ao módulo de montagem de slides utilizando o BrOffice.
05/06/2010 Montagem de apresentações com slides utilizando o BrOffice. Exportar slides para apresentação em sala de aula.
19/06/2010 Utilização pedagógica de vídeos e/ou filmes em sala de aula. Análise pedagógica da utilização de filmes. Como selecionar filmes para utilização em sala de aula.


5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BITTENCOURT, C. S.; GRASSI, D.; ARUSIEVICZ, F.; TONIDANDEL, I. Aprendizagem colaborativa por computador. Novas Tecnologias na Educação, v. 2 n. 1, Março/2004, p. 1-5. Disponível em: < http://www.cinted. ufrgs.br/renote/mar2004 /artigos/01-aprendizagem_colaborativa.pdf>. Acesso em 5 mai. 2009.

BRITO, Gláucia da Silva. PURIFICAÇÃO, Ivonélia. Educação e novas tecnologias: um re-pensar. 2ª ed. Curitiba: IBPEX, 2008.

BRITO, Gláucia e VERMELHO, Cristina. O usuário professor. O Estado do Paraná, Curitiba, 13 out. 1996.

CATTANI, A. Recursos Informáticos e Telemáticos como Suporte para Formação e Qualificação de Trabalhadores da Construção Civil. 2001. 249 p. Tese (Doutorado) - Informática na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001.

DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

DILBERT. Scott Adams. Charge. Folha de São Paulo. Caderno de informática, p.2, 7/4/2010.

GONÇALVES, Mílada Tonarelli. Educadores e sala de informática: por onde começar? Disponível em: < http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg= internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_escola=69> Acesso em 22 mar 2010.

HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. São Paulo: Ática, 1988.

MORAN COSTA, Jose Manuel. A Educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. 2ª ed. Campinas, SP: Papirus Editora, 2007, v. 1.174 p.

MORAN COSTA, José Manuel. Ensino e Aprendizagem inovadores com tecnologias na educação. Porto Alegre, V. 3, N. 1, 2000.

NEAD, UFPR. Material Didático do Curso Mídias integradas na Educação. Gestão Integrada de Mídias. Disponível em: <http://www.cursos.nead.ufpr.br/ mod/resource/ view.php?id=33100> Acesso em 20 mar. 2010.

ROBERTS, L. Os problemas na implantação de novas tecnologias na educação e como superá-los: a experiência do EUA. In: 2 anos da TV Escola – Seminários Internacional / Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 1999.

SANCHO, Juana M.; HERNANDEZ, Fernando. Tecnologias para transformar a educação. Trad. Valérios Campos. Porto Alegre: ArtMed, 2006.

SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-crítica: Primeiras Aproximações. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1991.

TAVARES, Cinira da Silva. A capacitação do professor para atuar com a informática educativa. 2004.75 f.,p.21-29 Monografia (Especialização em Informática Educativa).Curso de Pós-Graduação, Universidade Castelo Branco. Disponível em <http://www.infoeduc.maisbr.com/arquivos/a%20capacitacao. pdf> Acesso em 22 mar 2010.

VALENTE, José Armando. Computadores e conhecimento: repensando a educação. São Paulo: UNICAMP/NIED. 1998.

Wiki Educacional. Professora Geane Poteriko. Disponível em <http://gepoteriko. pbworks.com> Acesso em 20 mar. 2010


6. ANEXOS

Questionário de investigação sobre o uso
de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)

1. Há quanto tempo você terminou sua licenciatura?
o 6 a 10 anos o 1 a 5 anos o não licenciado o mais de 10 anos

2. A disciplina que você leciona é de qual área?
o linguagem, códigos e suas tecnologiaso
o ciências da natureza, matemática e suas tecnologias
o ciências humanas e suas tecnologias

3. Quais mídias foram utilizadas pelos seus professores durante a sua licenciatura?
o jornal e revistas o TV e/ou vídeo o rádio o computador

4. No total, (escola particular e pública) qual é sua carga horária (horas/aula) semanal?
o mais de 40h/a o entre 21 e 40h/a o entre 1 e 20h/a

5. Qual o seu conhecimento em informática?
o básico (lê e envia emails, navega na internet e digitao textos, provas)
o intermediário (básico + uso de pendrive, edição de fotos, planilhas)
o intermediário plus (intermediário + edição de vídeos eo música, configuração e instalação)
o avançado

6. Para o uso da TV Pendrive, qual das tarefas você sente dificuldades e/ou não sabe?
o gravação de arquivos no pendrive
o localizar videos (youtube, por exemplo)
o baixar vídeos da internet (já sabe onde está, porém não sabeo baixar para o seu computador)
o conversão de vídeos para o formato da TV Pendrive
o conversão de apresentações (PowerPoint, por exemplo) para uso na TV Pendrive
o manuseio na TV e controle remoto

7. Quantas vezes por mês você utiliza a TV Pendrive em cada turma?
o todas o 11 a 20 o 6 a 10 o 1 a 5 o nunca o todas as aulas

8. O que seria necessário para você utilizar mais a TV em suas aulas?
o mais conhecimento em informática
o menos carga horária
o outros
9. Qual a contribuição que o uso da TV Pendrive pode fornecer à sua aula?
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