A atmosfera terrestre simplesmente existe como partes do Sistema Terra, que também inclui a litosfera, a hidrosfera e a biosfera. Todos estão intimamente interligados química, física e historicamente desde os primórdios evolutivos do planeta.
Nossa atmosfera de nitrogênio e oxigênio é única no Sistema Solar e, aparentemente, até onde se sabe, no Universo também. Diferentemente de todas as atmosferas conhecidas nos planetas deste e de outros sistemas planetários, a nossa possui um volume imenso de oxigênio (O2) quase 21% e outro, ínfimo, de gás carbônico (CO2), que juntos com vapor d'água e um punhado de outros gases, vêm interagindo há bilhões de anos. Movida em última análise, pela energia emitida pelo sol, ela interage com a hidrosfera e com a litosfera de tal forma que não somente rege os processos que controlam a dinâmica externa do planeta, mas também determina a distribuição, natureza e muitas vezes os rumos evolutivos da biosfera. Por sua vez, a vida sempre teve papel determinante no próprio desenvolvimento da atmosfera.
A nossa atmosfera, assim como hidrosfera, tem origem secundária formada foi criada após a perda inicial do invólucro de voláteis que cobria o planeta em estágio inicial de formação. Após o resfriamento da superfície primitiva da Terra, deu-se o acúmulo do material gasoso emanado do seu interior, por processos vulcânicos e pelo acréscimo de gases e vapor de água oriundos dos cometas.
A atmosfera é, em última análise, responsável pelas grandes transformações que ocorrem superficialmente, e pela própria existência da biosfera, tanto nos domínios oceânicos como nas terras emersas.
A temperatura amena da superfície é resultado do efeito estufa natural regulador, cujo agente principal é o vapor-d'água atmosférico. Ao mesmo tempo, o ciclo biogeoquímico do carbono, que resulta da interação entre atmosfera, hidrosfera, biosfera e litosfera, permitiu que o CO2 , componente principal da atmosfera primitiva do planeta (e outro importante gás do efeito estufa), fosse quase totalmente retirado da atmosfera e incorporado nos carbonatos marinhos, ao longo da história da Terra. Isto evitou que a superfície chegasse às altíssimas temperaturas de Vênus, originadas pelo efeito estufa extremo reinante nesse planeta.
Composição e estrutura vertical da atmosfera
A atmosfera ertatual compõe-se essencialmente de nitrogênio e oxigênio. Vapor-d'água é outro dos componentes essenciais, aparecendo
em proporções variáveis, em certos casos muito relevantes. Além disso, há também um pouco de argônio, gás carbônico e quantidades diminutas de outros gases, e alguns deles, como o metano, são importantes como agentes determinantes do efeito estufa.
A Terra retém seu envelope gasoso por atração gravitacional, mas a atmosfera vai ficando cada vez mais refeita com a altitude. Não há limite externo da atmosfera em relação ao espaço exterior, mas a pressão de gás indica claramente essa fronteira. Na superfície do planeta esta pressão é de uma atmosfera (ou aproximadamente 1000 mbar ao nível do mar), mas diminui para apenas 10-8 mbar a 500 km de altitude, na ionosfera, onde existem poucos átomos de hidrogênio por metros cúbicos. O limite entre a camada inferior, a troposfera ,e a camada sobrejacente, a estratosfera , encontra-se entre 10 e 20 Km de altitude. Constata-se assim o pequeno porte global da atmosfera comparada à massa e ao volume do nosso planeta, visto que altitudes de 20 Km, ou mesmo de 500 Km, representavam somente uma pequena porcentagem do diâmetro da Terra, cerca de 13.000 Km.
É em contato com a troposfera que ocorrem praticamente todos os fenômenos da dinâmica externa do planeta, movidos pela energia da radiação solar. Seu limite superior se dá com a estratosfera , e esta se estende até 80 Km de altitude, na qual a pressão se reduz a 10-2 mbar. É na estratosfera, por sua vez, que se origina e se concentra a maior parte de ozônio na atmosfera. Ozônio (O3) forma-se quando a radiação solar intensa separa O2 em radicais livres (O0), que podem recombinar-se com O2 para formar O3. Mas o Ozônio também se decompõe ao absorver raios ultravioletas que de outra forma atingiriam a superfície da Terra, com consequência danosas para organismos expostos diretamente ao sol. Como se vê, há certo equilíbrio entre produção e destruição de ozônio na estratosfera. Assim, “buraco” na camada de ozônio , tão divulgado pela mídia desde sua descoberta em 1986, na realidade não é um “buraco”, mas sim uma região caracterizada pela redução sazonal, de até mais de 70% na concentração de ozônio na estratosfera. Com isso, uma porcentagem maior de raios da faixa ultravioleta mais danosa passa diretamente pela estratosfera e atinge a superfície e os seres vivos ali expostos. Este desequilíbrio é provocado pela destruição de ozônio por produtos químicos antropogênicos, sobretudo os clorofluorcarbonos, muito usados em aerosóis domésticos e sistemas de refrigeração, que conseguem alcançar a estratosfera com mais facilidade nas regiões polares. FONTE: Livro "Decifrandro a TERRA"
Atmosfera Terrestre:
- Atmosfera é a camada gasosa que envolve a Terra;
- Protege a vida na Terra absorvendo a radiação ultravioleta solar, aquecendo a superfície por meio de retenção de calor (efeito estufa) e reduzindo osio extremos de temperatura entre o dia e a noite.
- É formada por vários gases, vapor d'água, partículas de poeira e microorganismos. Apresenta maior quantidade de componentes nas partes mais baixas, e à medida que aumenta a altitude, torna-se cada vez mais rarefeita;
Composição da Atmosfera Terrestre:
- Nitrogênio (78,084%)
- Oxigênio (20,946%)
- Argônio (0,934%)
- Gás Carbônico (0,039%)
- Vapor D'Água e outros gases (1%)
A Atmosfera é dividida em 5 camadas:
- Troposfera;
- Estratosfera;
- Mesosfera;
- Ionosfera ou Termosfera;
- Exosfera.
Troposfera:
- Possui espessura de 10 Km a 12 Km;
- É a camada que envolve diretamente a superfície terrestre na qual estão as nuvens e onde ocorre todos os fenômenos metereorològicos, como a chuva, neve, furacões, tornados, ciclones, entre outros;
- Ocorre o tráfego de aviões;
- É na troposfera que estão os seres vivos, sendo assim, é nela que o ser humano interage poluindo por meio de guerras, indústrias e automóveis.
Estratosfera:
- 12.000 metros, temperatura: -60C.
- Atinge até 50 Km de altitude. Ocorre Lapse Rate, ou seja: quanto mais alto, maior a temperatura;
- A camada de ozônio está na estratosfera. É responsável por filtrar a radiação ultravioleta;
- Contudo, a intensa industrialização realizada pelo homem emite muito gases que aumentam e criam novos nessas camada. A emissão de CO (monóxido de carbono) e de outros gases intensificou o efeito estufa. O que ficou conhecido por aquecimento global.
- Aviões supersônicos e balões de medições climática podem atingir esta camada.
Ionisfera ou Termosfera:
- Atinge 600 Km de altitude, a temperatura volta a se efetuar, é rarefeita e ionizada;
- Atinge altas temperaturas, pois nela o oxigênio é átomo, gás que absorve a energia solar em grande quantidade. As temperaturas na termosfera pode atingir os 1000C.
- A ionização da camada é consequência da absorção dos raios gama, raio x e ultravioleta penetrante do sol;
- Nela ocorre as auroras boreais;
- É onde orbitam os satélites e o ônibus espacial;
- É devido aos íons, refletem as ondas de rádio, permitindo que se possa sintonizar uma estação de qualquer lugar do planeta Terra.
Exosfera:
- Camada mais externa da atmosfera terrestre. Composta principalmente de hidrogênio e hélio;
- As partículas existentes na camada se movem livremente e podem migrar para dentro ou para fora da magnetosfera ou da região de atuação do vento solar.
- Não existe um limite definido entre o espaço sideral e a atmosfera.
Curiosidades:
- Por que visto do espaço o planeta Terra aparenta ser azul ?
R= O planeta Terra aparenta ser azul por causa da dispersão da luz solar sobre a atmosfera.
- Por que quando olhamos para as estrelas do céu, parece que elas estão piscando ?
R= O pisca-pisca das estrelas no céu noturno é causado por turbulência na atmosfera da Terra. A imagem de uma estrela é basicamente um ponto de luz no céu. Quando a atmosfera se agita, a luz emitida por uma estrela sofre um efeito de refração e é desviada em diversas direções. Por isso, a imagem da estrela sofre leve alterações de brilho e posição e ela fica piscando.
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