Na atualidade, a noção antiga dos elementos da natureza pode parecer ingênua, no entanto, originalmente, é algo mais justificado, uma vez que possuia notável capacidade explicativa. É interessante lembrar que os fundamentos que sustentam tais conceitos não são diferentes na Ciência contemporânea, continuamos pressupondo uma ordenação essencial no universo que pode ser conhecida racionalmente, e representada por modelos teóricos fundamentados em matemática e noções redutivas.
------- A idéia básica dos 4 elementos está preservada em nossa compreensão dos estados físicos da matéria, havendo nítida correlação entre os estados Sólido, Líquido e Gasoso com os elementos Terra, Água e Ar, e evidentemente da Energia como o Fogo.
------- Na realidade, jamais se acreditou que os elementos fossem apenas as substâncias notáveis em si. O que se chamava de elemento Terra era a propriedade de rigidez dos materiais, bem como de elemento Ar, sua propriedade volátil. Não significava dizer que, por exemplo, um tecido era feito literalmente de Terra e Água, mas sim que possuia em sua estrutura as propriedades da solidez e da flexibilidade.
------- O Fogo, por sua vez, estava associado também à Luz e qualquer forma de energia e calor. Assim, o calor de um corpo vivo era a ação da propriedade quente, resultante da transformação do Ar em Fogo por meio da respiração. Idéia essa que não ficou restrita à Grécia antiga, mas que na realidade foi defendida até por Descartes em 1640 dEC.
------- Na realidade, a teoria dos 4 Elementos perdurou no ocidente praticamente até o século XVIII, quando foi sendo gradativamente substituída pela Física Moderna, por meio dos modelos atômicos de Dalton (1766-1844), Thomson (1856-1940), Rutheford (1871-1937) e Niels Bohr (1885-1962).
------- E voltando ao tema dos átomos, vale lembrar que ainda utilizamos um conceito muito similar ao dos antigos atomistas gregos, pois muitos ainda acreditam em partículas, ou estruturas, fundamentais. O que chamamos de átomo atualmente, porém, não faz jus ao nome, devido ao fato de que o conceito original previa que a partícula que recebe esse nome deveria ser indivisível, e indestrutível, e isso, sabemos hoje, o que precipitadamente chamamos de átomo não é. Mas ainda é possível que haja partículas mais fundamentais com tais característas, os Quarks talvez.
------- Já no oriente, o imaginário dos 5 elementos continua vivo e muito atuante, principalmente na medicina chinesa, onde o conceito de equilíbrio entre os elementos é central para as terapias, que utilizam os ciclos destrutivos e construtivos para corrigir os desequilíbrios dos aspectos no organismo humano.
------- A idéia básica dos 4 elementos está preservada em nossa compreensão dos estados físicos da matéria, havendo nítida correlação entre os estados Sólido, Líquido e Gasoso com os elementos Terra, Água e Ar, e evidentemente da Energia como o Fogo.
------- Na realidade, jamais se acreditou que os elementos fossem apenas as substâncias notáveis em si. O que se chamava de elemento Terra era a propriedade de rigidez dos materiais, bem como de elemento Ar, sua propriedade volátil. Não significava dizer que, por exemplo, um tecido era feito literalmente de Terra e Água, mas sim que possuia em sua estrutura as propriedades da solidez e da flexibilidade.
------- O Fogo, por sua vez, estava associado também à Luz e qualquer forma de energia e calor. Assim, o calor de um corpo vivo era a ação da propriedade quente, resultante da transformação do Ar em Fogo por meio da respiração. Idéia essa que não ficou restrita à Grécia antiga, mas que na realidade foi defendida até por Descartes em 1640 dEC.
------- Na realidade, a teoria dos 4 Elementos perdurou no ocidente praticamente até o século XVIII, quando foi sendo gradativamente substituída pela Física Moderna, por meio dos modelos atômicos de Dalton (1766-1844), Thomson (1856-1940), Rutheford (1871-1937) e Niels Bohr (1885-1962).
------- E voltando ao tema dos átomos, vale lembrar que ainda utilizamos um conceito muito similar ao dos antigos atomistas gregos, pois muitos ainda acreditam em partículas, ou estruturas, fundamentais. O que chamamos de átomo atualmente, porém, não faz jus ao nome, devido ao fato de que o conceito original previa que a partícula que recebe esse nome deveria ser indivisível, e indestrutível, e isso, sabemos hoje, o que precipitadamente chamamos de átomo não é. Mas ainda é possível que haja partículas mais fundamentais com tais característas, os Quarks talvez.
------- Já no oriente, o imaginário dos 5 elementos continua vivo e muito atuante, principalmente na medicina chinesa, onde o conceito de equilíbrio entre os elementos é central para as terapias, que utilizam os ciclos destrutivos e construtivos para corrigir os desequilíbrios dos aspectos no organismo humano.
Também o médico grego Hipócrates (460-377aEC), considerado o pai da medicina, associava aos 4 elementos os 4 humores: Sanguíneo / Emotivo (Fogo), Colérico (Ar), Fleumático / "Não-Emotivo" (Água) e Melancólico (Terra), e ministrava tratamentos similares. |
------- E assim como tudo na Filosofia Oriental é regido pelo Yin e pelo Yang, os elementos ocidentais também foram divididos em Masculinos (FOGO e AR) e Femininos (ÁGUA e TERRA). E também aparecem em locais onde muitos não esperariam, como nos naipes das cartas de Baralho, que podem ser melhor entendidos se relacionados ao jogo de Tarot, do qual o Baralho Comum é uma versão simplificada.
Os triângulos são símbolos criados pelos alquimistas medievais. O vértice apontado para cima representa o Masculino, e o Feminino tem o vértice invertido. Logo abaixo, símbolos típicos do Tarot, os Bastões, embora sejam de madeira, representam o FOGO, por servirem de tochas. As Espadas representam o AR, devido a sua característica penetrante, pois o ar está em qualquer lugar, além da velocidade com que se move. Os Cálices evidentemente representam a ÁGUA, e as Moedas, embora sejam metal, representam a TERRA, a riqueza. Seguem então, abaixo, seus correlatos naipes do Baralho. |
Há uma interpretação muito popular onde os Naipes simbolizam classes sociais. Ouros seria a Nobreza, ou Realeza, Espadas seria a Classe Militar, Copas seria o Clero, e Paus a Plebe. Mas essa associação apresenta ao menos 3 inconsistências graves. ------- 1) Jamais houve no ocidente uma Classe Guerreira claramente definida*, tal incumbência sempre serviu à Nobreza, ou aos Reis que formavam exércitos por meio do recrutamento entre o povo. A riqueza é compartilhada não só pela Realeza e Nobreza, mas também pela Burguesia, por vezes mais rica que a Nobreza, mas separada. O Clero também não é uma classe social autônoma, visto que seus membros vem da nobreza ou da plebe. *(Na Índia seria aplicável, dado as 4 castas sociais distintas e fechadas: Bhramanes Clero, Xátrias Guerreiros, Vaishyas Comerciantes e Shudras Trabalhadores.) ------- 2) Que sentido haveria numa "Rainha" de Copas, se este representasse o Clero? Ou num "Rei" de Paus? E o que seria o Coringa? ------- 3) Como essa interpretação explicaria as cores Preta e Vermelha? ------- O Baralho é evidentemente uma versão simplificada do Tarot, onde a associação dos Naipes com os elementos é fora de dúvida, o que explica as cores. O Tarot é compostos dos 4 naipes mais os 22 Arcanos Maiores. No Baralho, foi removido uma carta de cada Naipe, a "Princesa" ou "Pajem", e o "1" foi substituído pelo "A". E dos Arcanos Maiores restou somente a primeira carta, o Fool, que é exatamente o Coringa. |
Uma curiosa, e muito típica, brincadeira oriental vem substituindo o tradicional "Par ou Ímpar" no ocidente, para tomar "decisões" aleatórias, em geral pelas crianças, mas já chegando a ser levado a sério! Trata-se do Jankenpo (Pedra, Papel e Tesoura), onde a mão fechada, simbolizando a Pedra, vence a Tesoura, representada pelos dedos indicador e médio esticados, que por sua vez vence o Papel, representado pela mão totalmente aberta, que fechando o ciclo, vence a Pedra.
Trata-se de uma versão simplificada dos 5 elementos chineses e suas relações de Contenção / Destruição, só que neste caso, foram removidos o Fogo e a Água, restando a TERRA (Pedra), o METAL (Tesoura) e a MADEIRA (Papel). |
Ainda mais marcante em nossa cultura atual é a predominante crença na Astrologia, que também foi desenvolvida na Grécia Antiga, e em paralelo no oriente, a Astrologia Chinesa, ambas rigidamente relacionadas com os elementos.
------- Associamos os 12 signos zodiacais em grupos: TERRA (Touro, Virgem e Capricórnio), ÁGUA (Câncer, Escorpião e Peixes), AR (Aquário, Gêmeos e Libra) e FOGO (Áries, Leão e Sagitário).
------- Curiosamente, os orientais também possuem 12 Signos: Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Cobra, Cavalo, Ovelha, Macaco, Galo, Cão e Javali. Mas não há uma divisão evidente destes signos pelos 5 elementos, mas sim 5 versões elementares para cada signo, havendo então os Ratos de Fogo, de Água, Metal, Madeira e Terra, por exemplo.
------- A Astrologia durante milênios foi a Astronomia, e durante muito tempo noções pitagóricas, platônicas e aristotélicas imperaram no imaginário dos cosmólogos. Os antigos gregos consideravam a existência de 7 planetas, incluindo o Sol e a Lua, mais os planetas visíveis Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Os orientais, por sua vez, consideravam apenas os 5 planetas normais, sem contar o Sol e Lua.
------- O sistema geocêntrico que perdurou até o século XVI fora inicialmente desenvolvido por Aristóteles e aperfeiçoado por Ptolomeu (83-168 dEC), reinando invicto até que finalmente viria entrar em choque com o sistema de Copérnico (1473-1543) e finalmente ser suplantado pelo sistema de Kepler (1571-1630).
------- Curiosamente, uma parte importante do desenvolvimento do sistema kepleriano foi baseada nos Poliedros Regulares, ao achar que as distâncias das órbitas dos planetas deviam obdecer alguma ordem harmônica.
------- Associamos os 12 signos zodiacais em grupos: TERRA (Touro, Virgem e Capricórnio), ÁGUA (Câncer, Escorpião e Peixes), AR (Aquário, Gêmeos e Libra) e FOGO (Áries, Leão e Sagitário).
------- Curiosamente, os orientais também possuem 12 Signos: Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Cobra, Cavalo, Ovelha, Macaco, Galo, Cão e Javali. Mas não há uma divisão evidente destes signos pelos 5 elementos, mas sim 5 versões elementares para cada signo, havendo então os Ratos de Fogo, de Água, Metal, Madeira e Terra, por exemplo.
------- A Astrologia durante milênios foi a Astronomia, e durante muito tempo noções pitagóricas, platônicas e aristotélicas imperaram no imaginário dos cosmólogos. Os antigos gregos consideravam a existência de 7 planetas, incluindo o Sol e a Lua, mais os planetas visíveis Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Os orientais, por sua vez, consideravam apenas os 5 planetas normais, sem contar o Sol e Lua.
------- O sistema geocêntrico que perdurou até o século XVI fora inicialmente desenvolvido por Aristóteles e aperfeiçoado por Ptolomeu (83-168 dEC), reinando invicto até que finalmente viria entrar em choque com o sistema de Copérnico (1473-1543) e finalmente ser suplantado pelo sistema de Kepler (1571-1630).
------- Curiosamente, uma parte importante do desenvolvimento do sistema kepleriano foi baseada nos Poliedros Regulares, ao achar que as distâncias das órbitas dos planetas deviam obdecer alguma ordem harmônica.
Inicialmente Kepler tentou encaixar as órbitas planetárias em círculos que circunscreviam polígonos regulares, depois percebeu que deveria fazê-lo com poliedros, e surpreendentemente conseguiu! Embora num grau de imprecisão que muito posteriormente viria a corrigir, até finalmente dar forma ao sistema de órbitas elípticas que conhecemos hoje. ------- Ademais, a simbologia dos elementos, tanto no ocidente e oriente, são fortíssimas na cultura popular, estando presentes em filmes, romances, desenhos animados, videogames e jogos em geral. Sem contar, é claro, nos inúmeros religiosos e místicos que ainda os consideram com seriedade. ------- Por mais que avancemos em termos científicos, provavelmente jamais deixaremos de nos seduzir por esses modelos de natureza simples e elegantes, ao invés dos complexos e, para a maioria das pessoas, incompreensíveis, modelos teórico matemáticos que possuímos atualmente. E isso é muito compreensível, devido a nossa fortíssima tendência a querer ver uma ordem harmoniosa no universo, tendência essa que, mesmo por altos e baixos, está por trás de todo nosso próprio avanço científico.
TAOÍSMO (páginas 53,65-67 - Filosofia Ocidente e Oriente - Charles A. Moore) The Greek, Indian & Chinese Elements A Natureza dos Elementos |
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ResponderExcluirEncontrei aqui reproduções de textos de minha autoria violando a mais primária regra da razoabilidade, que é a citação da fonte, nos seguintes posts:
http://licenciaturageografiauniube.blogspot.com.br/2011/09/teorias-orientais-dos-elementos.html
http://licenciaturageografiauniube.blogspot.com.br/2011/09/teorias-ocidentais-dos-elementos.html
http://licenciaturageografiauniube.blogspot.com.br/2011/09/os-elementos-hoje.html
São trechos de meu texto Filosofia Elemental, originário de meu site em http://www.xr.pro.br/monografias/elementos.html.
Meus textos são todos de livre replicação e distribuição, mas DESDE QUE SEJA RESPEITADA A AUTORIA! O que não foi feito neste caso, onde meu nome foi omitido, bem como o endereço para o link original, além de ter sido desnecessariamente desmembrado. O que, curiosamente, não ocorreu em outro texto, Teoria da Evolução (http://licenciaturageografiauniube.blogspot.com.br/2011/09/teoria-da-evolucao.html) onde ao menos meu nome foi preservado, embora o ideal seria que houvesse sido mantido o link para o original.
Demando que esse erro seja corrigido o mais rápido possível sob risco de uma denúncia formal de plágio ao Blogger.
Marcus Valerio XR
xr.pro.br
evo.bio.br
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